Carlos Ferreira e Geliel Oliveira | 07 de setembro de 2021 - 10h10

Manifestantes reúnem-se na Praça do Rádio Clube pedindo por "liberdade e independência"

A reportagem do Jornal A Crítica esteve no local

NA CAPITAL
Manifestantes estão no local - (Fotos: Geliel Oliveira)

Programadas desde o mês passado, as manifestações pró Bolsonaro estão acontecendo em diversos pontos de Campo Grande nesta manhã (7), uma delas é na Praça Rádio Clube. A Guarda Municipal, Cavalaria e Corpo de Bombeiros estão no local para reforçar a segurança do público que estão concentrados desde às 10h.

Além do público concentrado na praça, manifestantes que passaram pelo estacionamento do buffet Yotedy, na Rua Antônio Maria Coelho, vem participando do manifestos em toda a Avenida Afonso Pena, com fim previsto às 11h.

“Estou em prol da nação brasileira. Hoje o Brasil completa 200 anos de liberdade, de independência, e é por essa bandeira que estamos aqui. Pela liberdade da nossa nação, pela liberdade de expressão, por que somos um povo livre. A concentração dessa movimentação é um Brasil Livre. O motivo da nossa reunião é para que o povo escute a voz do povo e é por isso que estamos aqui”, disse o manifestante Wagner Santana a reportagem.

A concentração segue na Praça do Rádio Clube pedindo a saída dos ministros do STF 

Cerca 300 agentes da Guarda Civil Metropolitana e Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) estão atuando nas ruas em Campo Grande. Além disso, drones devem monitorar o centro da Capital. A Prefeitura anunciou que há uma planilha, que irá mapear os locais e horários de cada protesto baseado nas solicitações feitas.

"O intuito desse movimento é reúnir uma associação de todos movimentos de direita, patriota e conservadores da Capital. Estamos defendendo a autonômia do Governo Federal, o voto auditável, não estamos defendendo a intervenção militar. Nós não queremos eliminar nenhum poder e também não queremos ser dominados pelas Forças Armadas", alega o professor, pastor  e um dos organizadores do movimento, Domício Júnior.

Além do público concentrado na praça, manifestantes que passaram pelo estacionamento do buffet Yotedy, na Rua Antônio Maria Coelho, vem participando do manifestos em toda a Avenida Afonso Pena, com fim previsto às 11h

“Eu acredito que as pessoas estão buscando por liberdade. Estamos vendo o cenário onde as pessoas estão perdendo isso. Estamos lutando pelo nosso direito de fala, já que ele está sendo diminuído dia após dia. Vamos fortalecer e apoiar o presidente Bolsonaro”, alega outra manifestante na praça do Rádio Clube.

O deputado federal Luiz Ovando (PSL) também esteve no local e falou com a reportagem. "Pra mim é motivo de grande alegria participar desse ato a favor da liberdade. Nós todos temos que ter liberdade, nem Deus ousou tirar nossa liberdade. Eu quero dizer que na condição de deputado federal, sempre defendi a instituição STF, obedecendo a Constituição, mas ultimamente eles perderam a noção e passaram a defender barbaridades. Eles tem disfarçado a democracia através do centralismo democrático que é uma forma de defesa do Comunismo", disse.

Outro lado - Contra o presidente, vai acontecer o “Grito dos Excluidos”, que começa com a concentração na Praça Ary Coelho, às 15h. Os manifestantes iniciam a caminhada às 16h, percorrendo as ruas 14 de Julho, Antônio Maria Coelho e Pedro Celestino. Haverá manifestações também em Dourados, com saída do Parque do Lago. Até o fechamento dessa edição o horário não havia sido definido.

Outras pautas movimentam o clima de tensão para o feriado nacional, como as ameaças ao professor Jaime Teixeira, presidente da Federação de Trabalhadores em Educação do Mato Grosso do Sul (Fetems), que divulgou em suas redes sociais ter sido alvo de uma ação montada por bolsonaristas com o intuito de intimidar. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) divulgou uma nota, prestando apoio ao professor.

 O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), já anunciou na semana passada que não irá admitir a ‘baderna’. "Uma coisa deixo claro: na minha cidade não vai ter desordem. Vou ser rigoroso com aqueles que querem depredar o patrimônio público ou manchar o nome da minha cidade". No dia da manifestação, a Polícia Militar estará com as equipes normais de serviço e também com as tropas especializadas “choque e cavalaria” de prontidão para caso necessite do pronto emprego. A expectativa da PM é que a manifestação seja pacífica.

Até o momento não há informações de ocorrências

Além de Campo Grande, manifestações estão acontecendo em Bonito, Corumbá, Dourados, Aquidauana, Paranhos, Nioaque, Três Lagoas, Ponta Porã, Miranda e Maracaju.

Com tanta agenda, a preocupação nas autoridades cresce continuadamente, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS), terá esquema de segurança para monitorar as manifestações contra e a favor do governo, o secretário de infraestrutura e diretor do Prosseguir, Eduardo Riedel, disse que os protestos serão acompanhados de perto pela segurança.