Beatricce Bruno | 24 de agosto de 2021 - 08h48

Investimentos e plano estratégico reduzem área queimada em mais de 86% no Pantanal

Os investimentos do Governo do Estado na estruturação do Corpo de Bombeiros, foram determinantes na redução dos incêndios florestais em Mato Grosso do Sul

AÇÃO DE GOVERNO
Fogo na Reserva do Parque dos Poderes - ( Foto: Edemir Rodrigues )

Os investimentos do Governo do Estado na estruturação do Corpo de Bombeiros e a instituição do Plano Estadual de Manejo Integrado do Fogo (PEMIF), em abril, foram determinantes na redução dos incêndios florestais em Mato Grosso do Sul, nos primeiros oito meses do ano, e como consequência a diminuição significativa da área destruída pelo fogo.
De janeiro a 21 de agosto de 2020, ano de alta propagação dos focos de calor e intensa seca, a área queimada no Pantanal sul-mato-grossense somou 1.368.775 hectares. No mesmo período deste ano, segundo a Lasa (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro), o total queimado foi de 166.550 hectares.
“São números que expressam a efetividade das ações de redução de incêndios florestais previstas no plano, uma medida inovadora do governo ao estabelecer estratégicas de prevenção a eventos extremos como os que tivemos ao longo de 2020, especialmente na região do Pantanal”, comentou o coronel Hugo Djan Leite, comandante do Corpo de Bombeiros.

Viaturas de resgate (Foto:Chico Ribeiro)

Resposta imediata

Os comparativos entre a incidência de incêndios em 2020 e 2021, de 1º de janeiro a 21 de agosto, apontam uma redução de mais de 86% da área queimada. Para o governador Reinaldo Azambuja, a estatística demonstra um cenário altamente positivo e a eficácia do PEMIF, onde o Corpo de Bombeiros, atuando apenas com seu efetivo, tem dado resposta imediata aos desastres.
“Temos investido muito para equipar nossos bombeiros e atuado de forma integrada, envolvendo outros órgãos, como o Ibama, Imasul e PMA, e também a sociedade organizada”, disse. “O trabalho de treinamento e formação de brigadas e envolvimento das comunidades e propriedades rural foi extremamente importante para a prevenção, evitando que o fogo se propague”, destacou.
Além dos investimentos em aeronaves e viaturas, capacitação e equipamentos para combate direto, o Estado estabeleceu os decretos de situação de emergência ambiental por 180 dias e proibição de queima controlada. “Foram fundamentais para o trabalho preventivo e ações rápidas e intensivas dos bombeiros, antecipando-se aos desastres”, observou o coronel Hugo Djan.

Recursos federais
Com a edição dos decretos emergenciais também foi possível garantir recursos da Defesa Civil Nacional, no valor de R$ 8,6 milhões, cuja liberação imediata foi comunicada pelo ministro Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, ao governador Reinaldo Azambuja. O dinheiro vai custear e manutenção das operações de combate aos incêndios florestais por mais 90 dias.
O repasse será usado na compra de combustível para viaturas, barcos, aeronaves e equipamentos utilizados no combate aos incêndios florestais. Serão 5 mil litros de gasolina comum, 54 mil de óleo diesel, 13,6 mil de gasolina para aviação e 37,8 mil litros de querosene para uso em helicópteros. Também será destinado a compra de 900 horas de voo para os Air Tractor, aviões de combate ao fogo.
“São recursos que vem a somar aos nossos esforços para reduzir danos ambientais como no ano passado. Estivemos com o ministro (Rogério Marinho) em Brasília, ponderamos a necessidade desse apoio e o governo federal priorizou as ações de combate aos incêndios em nossa região, o que só temos a agradecer ao presidente Jair Bolsonaro”, comentou o governador.