Daniel Weterman e Amanda Pupo | 19 de agosto de 2021 - 11h00

Dono da Precisa fica em silêncio sobre suspeitas da CPI da Covid

A CPI suspeita de um suposto esquema de corrupção no Ministério da Saúde envolvendo esse contrato

CPI DA COVID
Francisco Maximiano (no centro da imagem), dono da Precisa Medicamentos, chega para depor à CPI da Covid - (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O dono da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, decidiu ficar em silêncio sobre as negociações da empresa com o Ministério da Saúde investigadas pela CPI da Covid. Ele é um dos principais alvos da apuração por ter intermediado a compra da vacina indiana Covaxin. A CPI suspeita de um suposto esquema de corrupção no Ministério da Saúde envolvendo esse contrato.

Amparado por um habeas corpus concedido pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), Maximiano tem o aval para ficar em silêncio e não responder a perguntas que possam incriminá-lo. Ele se recuou a falar sobre o contrato com a fabricante da Covaxin, Bharat Biotech, e a remuneração que a Precisa teria com a venda de vacinas para o Brasil.

No início do depoimento desta quinta-feira, 19, Francisco Maximiano se recusou a responder a perguntas do relator do colegiado, Renan Calheiros (MDB-AL), sobre outros contratos, além de vacinas. Após crítica de senadores, ele admitiu que a empresa é fornecedora de preservativos femininos ao Ministério da Saúde.

Além disso, Maximiano afirmou que conhece o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-AL), outro alvo da comissão. Ao declarar que ficaria em silêncio, o dono da Precisa declarou que a escolha garantia sua autodefesa e reforçou "respeito" à CPI.