Em cinco anos, mais de 11 mil celulares foram apreendidos nos presídios de MS
Nesta manhã (9) os equipamentos passaram por inspeção, onde foi constatada a impossibilidade de reutilização
AGEPEN/MSEntre 2014 a 2019, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) apreendeu 11.668 aparelhos celulares. Nesta manhã (9) os equipamentos passaram por inspeção, onde foi constatada a impossibilidade de reutilização.
Todos os aparelhos também passam por fiscalização antes de seguirem para a destruição. Uma equipe de servidores da Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário (GISP) realizam a inspeção e seleção dos celulares passíveis de recuperação, que são doados para projetos como o “Transforme”, da 50ª Promotoria de Justiça do Ministério Público Estadual e “Revitalizando a Educação com Liberdade”, da 2ª VEP.
No local, sete reeducandas que cumprem pena no regime semiaberto e aberto na capital realizam o trabalho, que garante remição de pena e renda para o sustento da família.
O diretor da Recic.le, Edilson Paulon, explica que o primeiro passo após o recebimento dos aparelhos é a desmontagem para retirada das baterias e chips. “Principalmente celulares mais antigos possuem níquel na bateria, por isso precisam ser retiradas antes de passar na máquina como medida de segurança”, informa.
Em seguida, os aparelhos passam pelo moedor, são pesados, ensacados e seguem para uma indústria no estado do Paraná, onde os equipamentos ainda são moídos; posteriormente, os materiais são exportados a exportação para serem reutilizados na fabricação de novos aparelhos em países como Estados Unidos e Holanda. “Aqui no Brasil, ainda não existem indústrias com a tecnologia específica para reciclar esses materiais”, finaliza Edilson.
A máquina que realiza a descaracterização dos celulares foi uma criação da própria Recic.le, a qual também é utilizada para destruir produtos apreendidos pela Receita Federal e Inmetro.
Para o diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, essa ação visa dar destinação de forma segura a esses aparelhos que foram apreendidos e são inservíveis para uso. “Além disso, vai liberar espaço físico no local onde esses celulares estavam armazenados, possibilitando maior controle e organização de futuras apreensões”, destaca.