Taxas de juros têm ligeiro avanço nos trechos longos, com cautela externa e dólar
A inclinação já era esperada no mercado uma vez que os trechos mais curtos, já vêm de altas significativas nos últimos dias, por conta da aceleração da inflação
JUROS FUTUROSAs taxas de juros negociadas no mercado futuro leve baixa nos vencimentos curtos e intermediários na primeira hora de negociação desta terça-feira, com alta nos trechos longos. A inclinação já era esperada no mercado uma vez que os trechos mais curtos, que refletem as apostas para a política monetária doméstica, já vêm de altas significativas nos últimos dias, por conta da aceleração da inflação. Por outro lado, os sinais de aversão ao risco no exterior, que pressionam o dólar para cima ante moedas fortes e emergentes, contribui para a alta nos vencimentos longos, considerados de maior risco.
Nos últimos pregões, o mercado futuro de juros vinham operando descolado do câmbio e do mercado externo, com o foco dos investidores concentrado mais estritamente nos indicadores de inflação. Desde a última sexta-feira, contribuem em grande medida para esse comportamento o IPCA-15 acima do esperado, o aumento da perspectiva de inflação para 2021 e 2022 detectado pelo Boletim Focus e a cautela com os possíveis efeitos da onda de frio nos preços dos produtos agrícolas.
Com isso, é majoritária a aposta de que o Banco Central vai elevar a taxa Selic em 1 ponto porcentual, e não mais em 0,75 ponto. A uma semana da reunião de política monetária, restam poucos indicadores econômicos a serem conhecidos até lá.
Entre os destaques de hoje está o Índice Nacional de Custos da Construção - M (INCC-M), que se desacelerou de 2,30% em junho para 1,24% em julho, conforme informou há pouco a Fundação Getulio Vargas (FGV). Às 9h49, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 tinha taxa de 6,180%, ante 6,189% do ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2023 projetava 7,57%, contra 7,58%. Já o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 8,75%, ante 8,70% do ajuste anterior.