24 de junho de 2021 - 11h23

Museu Nacional recupera imagens do Fundo Bertha Lutz

Acervo foi perdido no incêndio de 2 de setembro de 2018

ACERVO HISTÓRICO
Museu Nacional recupera imagens do Fundo Bertha Lutz - (Foto: Agência Brasil)

O Museu Nacional, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), anunciou hoje (24) a recuperação das imagens do Fundo Bertha Lutz, que faziam parte do acervo da Seção de Memória e Arquivo do museu e foram perdidas no incêndio de setembro de 2018.

Bertha Maria Júlia Lutz nasceu em São Paulo, no dia 2 de agosto de 1894, e morreu no Rio de Janeiro, em 16 de setembro de 1976. Foi ativista feminista, bióloga e política brasileira. Era filha do cientista Adolfo Lutz, pioneiro da medicina tropical, e de Amy Fowler, enfermeira inglesa. Especializada em anfíbios, trabalhou como pesquisadora durante mais de 40 anos no Museu Nacional.

Bertha Lutz integrou a delegação brasileira que participou da Conferência de São Francisco, nos Estados Unidos, em 1945, onde lutou para incluir menções sobre igualdade de gênero no texto da Carta das Nações Unidas. Apesar de quatro mulheres terem assinado a carta, apenas Bertha Lutz e a delegada da República Dominicana, Minerva Bernardino, defenderam os direitos femininos.

Novo acervo

O fundo Bertha Lutz estava depositado na Seção de Memória e Arquivo do Museu Nacional (Semear), sob gestão da professora Maria da Graças Souza Filho e foi totalmente perdido no incêndio de 2 de setembro de 2018. A partir daí, foi considerado Patrimônio Documental Perdido ou Desaparecido pelo Comitê Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).