Casal relembra como tecnologia foi aliada para superar saudade no Dia dos Namorados
Giovana e Gabriel passarão a primeira comemoração dessa data presencialmente este ano, mas não desmerecem as celebrações anteriores, todas remotas
A DISTÂNCIAA distância não é mais um empecilho para muitos casais nessa pandemia. Juntos há um ano e três meses, a estudante de Jornalismo, Giovana Martini, e o acadêmico de Ciências Biológicas, Gabriel Silva, passarão o primeiro Dia dos Namorados juntos presencialmente, mas relembram momentos da especial comemoração a distância ao Light.
“Nosso primeiro dia dos namorados foi a distância porque eu precisei ficar com a minha mãe, que mora em Chapadão do Sul. No início, tinha essa tese de que no interior as coisas estavam melhores. No começo, eu fiquei chateada, pois era o primeiro dia dos namorados da minha vida que eu estava namorando, mas minha mãe e padrasto se solidarizaram comigo e pedimos sushi. Comi sushi a distância com o Gabriel”, conta Giovanna.
Eles lembram que a conexão entre ambos é muito mais forte que os quilômetros que os separaram. “O que eu mais gosto da relação é que minha namorada é minha melhor amiga, então ficar distante só fortaleceu mais nossa relação. O dia dos namorados longe não foi tão ruim quanto eu pensei que seria porque, felizmente, a tecnologia facilitou esse contato pelo WhatsApp e Instagram. Agora que vamos passar essa data juntos, vou poder colocar em prática os planos que eu tinha planejado”, declara Gabriel.
A história dos dois teve início em 2019, quando se conheceram em um bar e começaram a se conectar. Apesar disso, o relacionamento começou em abril de 2020 e a distância, permaneceu assim por cinco meses até a estudante retornar à Capital, em agosto. "Eu gostei muito dela de todas as formas possíveis mesmo de longe e, agora estando perto, dá para aproveitar a melhor parte dela juntos", derrete-se.
Uma das últimas vezes que Gabriel e Giovana se viram antes da pandemia - (Foto: Arquivo Pessoal)
E por falar em planos, o “casal inusitado” como se intitulam, já decidiu com um mês de antecedência o cronograma para esse final de semana. Como forma de equilíbrio, mesmo não sendo muito adepta às atividades ao ar livre, Giovana aceitou a prática em cumplicidade a Gabriel que adora coisas do gênero.
“No dia 12 vamos apenas comer sushi e ver Netflix, já que o plano principal é para o dia 13. Vamos realizar uma trilha até uma cachoeira na saída para Rochedinho com o irmão do Gabriel e minha concunhada. Vai ser bem legal, pois será um programa de casais e é a minha primeira vez em algo assim”, diz Giovana com entusiasmo.
Passar esse tempo de qualidade juntos é uma das linguagens do amor que mais representam os pombinhos. Para Gabriel, os presentes físicos são obras de dias comuns, como um exemplo do carinho cotidiano. "Eu gosto de presentear em datas que não sejam comemorativas, porque assim os presentes são de forma menos esperada e surpreendem mais. Há sim os mimos no aniversário, natal e datas do tipo, mas a maioria são dados no dia a dia”, exemplifica.
Em relação à pandemia, o casal relata o cuidado com os mais próximos. A estudante conta que, por sua mãe trabalhar na área da saúde, a preocupação com a biossegurança esteve presente desde o começo. Gabriel mora com os pais idosos e, mesmo que já vacinados, também é adepto à proteção. As atividades rotineiras de ambos se resumem no trabalho, em casa para o acadêmico de biologia, e se verem aos finais de semana.
Os dois mantêm uma rotina de respeito ao espaço pessoal - (Foto: Arquivo pessoal)
A pouca frequência da conexão presencial é uma forma de respeito ao espaço pessoal de cada um, o que Giovana afirma ser necessário numa relação. "A gente tenta se ver todo final de semana, quando as outras responsabilidades não interferem. O irônico é que nós moramos a umas cinco quadras um do outro e mesmo assim não dá sempre para nos vermos. É muito legal ter um parceiro, uma pessoa que você ama, mas é bom ter sua individualidade e respeitar o momento pessoal", declara.
Uma das coisas que o casal não deixa de lado mesmo morando próximo é a funcionalidade do contato tecnológico. A futura jornalista diz ter o WhatsApp e chamadas de vídeo como os principais aliados no dia-a-dia. "No Dia dos Namorados passado, por exemplo, nós jogamos Gartic e conversamos por vídeo. Fazemos muito isso. Ambos temos uma rotina diferente, às vezes nos vemos durante a semana para pegar alguma encomenda ou fazer uma compra, mas utilizamos muito o WhatsApp para comunicação em geral, mandar um meme, dizer coisas importantes", relata.
O acompanhante terapêutico Lucas de Lima explica os pontos positivos das fontes tecnológicas nesse período. “A tecnologia vem com a função de unir as pessoas, de tornar a rotina muito mais rápida e mais fácil. A pandemia reforçou isso, principalmente com o isolamento social e com o medo da perda. Há casais que querem se ver, mas têm medo de infectar outras pessoas, por exemplo. Nós já estamos há mais de um ano na pandemia, sem muito contato físico, sem aquele abraço, carinho ou afeto, então a tecnologia possibilita a aproximação social”, esclarece. O especialista destaca, também, que mostrar-se presente, principalmente frente à situação da Covid-19, é de extrema importância. “A pandemia tem gerado muito medo nas pessoas, além de causar uma falta de esperança com a situação que temos vivido no país, estresse, angústia e, principalmente, a falta daquele sentimento de acolhimento. Assim, datas comemorativas como essa podem trazer outros sentimentos que não temos contato durante essa época, como amor, carinho, acolhimento e aconchego. Se fazer presente, mesmo que por tecnologia, é mostrar que a pessoa é importante para você”, afirma.
O casal é adepto às chamadas de vídeo - (Foto: Arquivo pessoal)
Além do amor, Giovana e Gabriel nutrem o respeito e admiração pelas diferenças e particularidades de cada um, demonstrando ainda mais a cumplicidade do casal. “Quando eu conheci a Gi, a primeira coisa que veio à minha mente foi que eu preciso ser amigo dessa pessoa, ela é incrível”, confessa o namorado.
Ela também não deixa de se derreter pelo amado. "Eu vivo falando que ele é o príncipe perfeito da Giovana adolescente por ser alto, artista, usar óculos, tocar baixo, e sempre ser muito inventivo”, brinca.
Aos amantes que não poderão usufruir da presença um do outro, Gabriel e Gi, que já passaram pela experiência, relembram como tudo passa e o amor é que fica. “Para todos os casais que vão passar essa data longe do seu amor, isso vai passar. Comemorar o dia 12 juntos é muito bacana, mas um relacionamento é mais que isso, haverá mais dias por vir para demonstrar e celebrar. O dia mais legal é quando conseguimos estar juntos. Vai ficar tudo bem”, finalizam.
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