Com o feriado de amanhã (3), a probabilidade de haver aglomerações em alguns municípios de Mato Grosso do Sul são altas, já que segundo especialistas da Saúde, os altos números de Covid-19 nas últimas semanas são referentes ao período de Dia das Mães.

Em entrevista ao programa Giro Estadual de Notícias do Grupo Feitosa de Comunicação desta quarta-feira (2), o presidente da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul) e prefeito de Nioaque, Valdir Júnior afirmou que o toque de recolher na cidade vai começar mais cedo nesta quinta-feira. “Neste feriado a preocupação é maior. O decreto em Nioaque que será publicado hoje e vai entrar em vigor amanhã, altera o toque de recolher para 20h, além de proibição do consumo de bebidas alcoólicas em espaços públicos e estabelecimentos comerciais. Amanhã também inicia a barreira sanitária nas duas entradas da cidade, pela ponte do Rio Nioaque e outra pelo Rio Urumbeva. Quem apresentar alguns dos sintomas da Covid-19 será encaminhado para o posto de saúde”, reforça. O novo decreto será válido até este domingo (6).

Estas medidas foram recomendadas também para outros prefeitos de Mato Grosso do Sul, mas caso os municípios estejam com muita incidência e/ou aumento drástico de pacientes com coronavírus, bem como a inviabilidade de vagas nas regionais de saúde, o gestor municipal deverá considerar o Decreto de medidas mais restritivas, suspendendo temporariamente atividades locais durante o feriado prolongado.

O prefeito de Nioaque, Valdir Júnior

“Não adianta os prefeitos e o governo tomarem as iniciativas, e a população não colaborar. Nosso Estado já está na segunda semana consecutiva em um alto índice de média de óbitos. Nos reunimos com os gestores e tomamos essas medidas em conjunto, para poder chegar nessas restrições”, destaca.

O prefeito destaca que foi protocolado um documento para aumentar o efetivo de guardas e policiais no efetivo da fiscalização de festas clandestinas. “Pedimos que a população denuncie essas festas e aglomerações. Estávamos indo muito bem, e de repente chegou essa terceira onda no Estado. Estamos aqui para cuidar da saúde das pessoas”, ressalta. O parlamentar complementa que foi enviada ao Governo do Estado a recomendação de paralisar o transporte intermunicipal nos municípios por estes dias.

Nos casos de lockdown, Valdir Junior reforça que a decisão não é uma tarefa fácil, e que os gestores estão na ‘ponta da corda’. “Tomar uma medida dessa não é fácil. A situação em Dourados não é um caso exclusivo. Não adianta só a cidade entrar em ‘fechamento total’, se os municípios que fazem parte da macrorregião dependem dos leitos daquela cidade. Eu acredito que mais municípios vão entrar em lockdown assim como Dourados [...] Temos que cuidar da econômia, mas temos que priorizar a saúde pública”, destaca.