Mato Grosso do Sul tem alerta de Febre Maculosa
Alerta à população veio após a confirmação de morte por Febre Maculosa em um homem de 33 anos na cidade mineira de Itaúna
MUITO CUIDADOA Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul, por meio da Gerência Técnica de Zoonoses e do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), emitiu alerta à população após a confirmação de morte por Febre Maculosa em um homem de 33 anos na cidade mineira de Itaúna.
A doença é transmitida pela picada do carrapato-estrela, cujo principal hospedeiro é a capivara, comum não somente naquela cidade, como também em cartões-postais de Campo Grande e em outras localidades de Mato Grosso do Sul.
O óbito ocorreu no dia 28 de abril, apenas um dia após a internação do paciente no município de Itaúna (MG). Os primeiros sintomas da doença apareceram cinco dias antes, no dia 23, de acordo com a Secretaria de Saúde do município.
Febre Maculosa
A febre maculosa é causada pela picada de carrapatos infectados com a bactéria Rickettsia rickettsii, e pode causar inflamação do cérebro, paralisia e insuficiência respiratória ou renal, além de afetar órgãos como o coração, fígado, baço, pâncreas, colocando em risco a vida do paciente. Os principais sintomas são febre alta, mal-estar generalizado, dores de cabeça e abdominais, náusea, vômito, diarreia e manchas avermelhadas pela pele.
Segundo o Gerente Técnico de Zoonoses da SES, Rafael Ovidio de Oliveira, o último caso registrado da doença em Mato Grosso do Sul foi em fevereiro de 2018, em um homem de 34 anos, residente em Campo Grande e com histórico de viagem para área rural do município de Sidrolândia. Segundo Oliveira, a Febre Maculosa tem cura, mas o tratamento apropriado deve ser iniciado logo após o surgimento dos primeiros sintomas. “O diagnóstico é realizado principalmente por meio de exames de sangue (PCR ou Sorologia), já as formas de prevenção da doença incluem uso de calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas, assim como roupas claras, para ajudar a identificar o carrapato, uma vez que ele é escuro; evite andar em locais com grama ou vegetação alta; use repelentes; quando estiver em área de risco, a cada três horas, verifique se há a presença de algum carrapato em seu corpo”, conclui.
Airton Raes, SES
Foto: Denilson Secreta/Arquivo