Da Redação | 18 de maio de 2021 - 17h00

Campo Grande abriga mais de 2 mil famílias venezuelanas, aponta Embaixadora da Venezuela

Conforme a Embaixadora da Venezuela no Brasil, María Teresa Belandria, a Capital de Mato Grosso do Sul hoje abriga cerca de 500 famílias, uma média de 2 mil pessoas

COTIDIANO
Para tentar ajudar esse público, começou ontem (17) um mutirão do consulado da Venezuela para emitir documentos ao imigrantes residentes em Mato Grosso do Sul - (Foto: Marcelo Camargo/AB)

É muito comum andar pelos semáforos de Campo Grande e encontrar homens ou mulheres segurando placas alegando que é da Venezuela e que estão precisando de uma oportunidade de emprego ou de alimento. Conforme a Embaixadora da Venezuela no Brasil, María Teresa Belandria, a Capital de Mato Grosso do Sul hoje abriga cerca de 500 famílias, uma média de 2 mil pessoas.

“Nosso povo está nas ruas, nos semáforos da sua cidade, vieram por trilhas, de forma clandestina. Só em Campo Grande, cerca de 500 famílias, mais ou menos 2 mil pessoas, muitas crianças. Sem documentos e as mínimas condições de sobrevivência. Vieram fugindo de uma crise política, que culminou em uma crise humanitária que se instalou em nossa nação. Vieram em busca de alimentação, água, saúde, empregos e tudo que hoje falta na Venezuela. Principalmente porque aqui no Brasil encontram liberdade, democracia e oportunidades”, afirma.

Para tentar ajudar esse público, começou ontem (17) um mutirão do consulado da Venezuela para emitir documentos ao imigrantes residentes em Mato Grosso do Sul. O movimento que acontece na Capital e também em Dourados, conta com o apoio da Associação de Venezuelanos em Campo Grande. O serviço foi limitado e cerca de 40 pessoas serão atendidas, respeitando as medidas de biossegurança para evitar aglomerações.

O ministro conselheiro da Embaixada Venezuelana, Tomás Silva, reforçou a necessidade de apoio político à causa da democracia na Venezuela, pelo direito aos princípios fundamentais, como eleições livres e acompanhada internacionalmente.

“Nosso problema é a falta da democracia, vivemos uma ditadura e todo apoio político é bem-vindo! Em nosso país os líderes como prefeitos, deputados, vereadores, estudantes e toda população é cerceada de seus direitos mais básicos. Existe prisão indevida, tortura e perseguições. Precisamos de apoio a nossa causa”, disse Tomás.

A embaixadora e o ministro se encontraram nesta tarde com o presidente da Câmara dos Vereadores de Campo Grande, vereador Carlão (PSB), para tratar da crise migratória dos venezuelanos. Nomeada em 2019 pelo presidente provisório Juan Guaidó e reconhecida pelo Governo brasileiro, Belandria está visitando os prefeitos da Capital, Marquinhos Trad e de Dourados para levantar números oficiais sobre seus compatriotas nessas cidades e como está ocorrendo a acolhida deles. O governador do Estado, Reinaldo Azambuja também será visitado e outras autoridades do Estado.