Da Redação | 19 de abril de 2021 - 11h20

Considerado o "padrinho da fronteira", Fahd Jamil se entrega a polícia

Conforme o advogado de Fhad, André Borges, seu cliente se entregou porque está com a saúde debilitada e a intenção é tentar, no segundo momento, a prisão domiciliar

FRONTEIRA
O empresário Fahd Jamil - (Foto: Reprodução)

Acusado de cometer vários crimes, o empresário Fahd Jamil se entregou à polícia nesta manhã (19), no Aeroporto Santa Maria, em Campo Grande. Conforme o advogado de Fhad, André Borges, seu cliente se entregou porque está com a saúde debilitada e a intenção é tentar, no segundo momento, a prisão domiciliar. Fahd saiu escoltado pelo Garras.

Ele é conhecido como “Padrinho” ou “Rei da Fronteira” e era considerado foragido, depois de mandado de prisão em decorrência da Operação Omertà. Ele era conhecido como o chefão da fronteira desde 1990. Ele estava sendo procurado por vários crimes, entre eles tráfico de drogas, homicídio e organização criminosa.

 

Fahd Jamil era visto como chefe do crime organizado desde a década de 1990, a polícia sempre sustentou que ele construiu o império primeiro pelo contrabando de café e açúcar, depois no comando do tráfico de drogas e de armas.

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul formalizou a denúncia, que o grupo liderado por Fahd Jamil, não era o alvo inicial da investigação, mas sua atuação acabou sendo apurada também em razão dos crimes que ligam essa organização a chefiada por Jamil Name, mas precisamente na aquisição e transporte de armas de fogo de grosso calibre (fuzis) e na preparação e execução de homicídios, como o de Figueiredo.

A denúncia aponta que os dois chefes dos supostos grupos criminosos, Jamil Name e Fahd Jamil eram compadres. Destaca que a ligação entre as organizações ficou bem clara logo após a quebra do sigilo bancário de Jamil Name durante outras fases da operação Omertà, quando se constatou que ele pessoalmente ou por meio de sua esposa, fez oito transferências bancárias entre maio de 2016 e junho de 2019 para o filho de Fahd, Flávio Correia Jamil Georges, no montante de R$ 130 mil.

Por um período, Fahd foi considerado o grande “Rei da Fronteira” devido o poder que tinha na região, sendo comparado pelos promotores do Ministério Público a um “padrinho da máfia representado nos filmes de gangster” está sendo acusado de integrar organização criminosa armada, corrupção ativa e tráfico de armas de fogo.