Festas de fim de ano devem movimentar R$ 460 milhões em MS
Economia
Conforme a pesquisa de inteção de compras realizada pela Fecomércio MS, em parceria com a Fundação Manoel de Barros e Universidade Anhanguera - Uniderp, e divulgada nesta segunda-feira (21), serão injetados cerca de R$ 1,7 bilhão na economia de Mato Grosso do Sul neste período de fim de ano, sendo que mais de R$ 700 milhões são provenientes do 13º salário.
A pesquisa foi realizada em onze municípios do Estado: Aquidauana, Anastácio, Campo Grande, Chapadão do Sul, Corumbá, Ladário, Dourados, Naviraí, Paranaíba, São Gabriel d´Oeste e Três Lagoas. Foram ouvidas 1.760 pessoas entre os dias 9 e 13 de novembro.
De acordo com as pessoas entrevistadas, 77 % vão às compras neste período, o que deve injetar R$ 460.648.722,00 no comércio varejista de MS. Segundo a pesquisa, cada pessoa tem a intenção de comprar, em média, três presentes.
Em Campo Grande, o valor médio gasto por unidade deve ficar por volta de R$ 119,00. Esse valor é o maior registrado nos últimos dois anos. Em 2010, os consumidores disseram que gastariam R$ 89,00 por presente; em 2009, R$ 115,00.
Para o presidente da Fecomércio MS, Edison Araújo, o aumento do valor do presente é um reflexo da economia atual. “Percebemos que o consumidor tem mais controle sob suas finanças. Além disso, este ano, mais postos de trabalho foram abertos e reflete na renda familiar, cada vez mais estável”.
Os presentes
Segundo a pesquisa, mãe (23%), filhos (18%), pai (15%), esposa (14%), namorada (7%) e irmãos (6%) serão as pessoas mais presenteadas. 3% dos entrevistados disseram que vão se auto-presentear. Sobrinhos, avós, sogros e enteados vão ganhar presentes de 15,4% dos entrevistados.
Os presentes que devem ser mais adquiridos, citados na pesquisa, são: roupas (26%), brinquedos ( 12%), artigos de perfumaria (11%) e calçados (11%), acessórios (10%) e eletroeletrônicos ( 9%). Celulares (3%), pacotes de viagens (2%) e móveis (2%) também estão entre as opções de presentes.
Ao serem questionados sobre o que pretendem ganhar, os participantes da pesquisa apontam roupas (19%), perfumaria (11%), calçados (11%), eletroeletrônicos (10%), viagens (7%), acessórios (7%) e celulares (6%).
Local para compras
Em Campo Grande, 38% dos entrevistados disseram que vão às compras nas lojas da região central. O Shopping Campo Grande será o local escolhido por 24% dos consumidores, o camelódromo (22,8 %) e o Shopping Norte Sul Plaza 8,1%.
Em Dourados, 45% dos entrevistados também disseram que vão comprar presentes nas lojas do centro. 23% optaram pelo Shopping Avenida Center. As compras pela internet foram apontadas como a opção de 12% dos pesquisados.
Em Três Lagoas, 71,1 % dos entrevistados afirmaram que vão procurar presentes nas lojas do centro; 8,8% das compras serão pela internet; 6,6% nas lojas dos bairros. Outros locais devem ser a opção de 13,2% dos moradores de Três Lagoas.
Em Aquidauana, a pesquisa apontou que 68,3% dos entrevistados devem ir às compras nas lojas do centro; 8,2 % vão optar pela internet, em outros locais foi a resposta de 13% dos entrevistados, enquanto os supermercados (5,3%) e as lojas dos bairros (5,3%) devem ser os locais para a compra de presentes.
Forma de Pagamento
De uma forma geral, nas onze cidades pesquisadas, a maioria dos consumidores deverá comprar à vista (76%) e a escolha de pagamento em dinheiro é a preferida para 61% dos entrevistados, seguida pelo cartão de crédito (20%), cartão de débito (9%) e o cheque deve ser usado por 3% dos entrevistados.
Para o pesquisador da Universidade Anhanguera - Uniderp, José Francisco dos Reis Neto, essas informações indica que o consumidor irá fazer exigência para a realização da transação econômica. “A pesquisa aponta que a decisão de compra estará associada ao desconto no preço. Segundo a pesquisa, 29% dos entrevistados vão querer descontos. Outros 23% querem presentes que estejam em promoção .”
Edison Araújo complementa: “ o consumidor exigirá preço que compense fazer o pagamento à vista. O comerciante deverá estar mais flexível quanto a isso, pois a pesquisa indicou, ainda, que marca do produto, localização ou nome da loja têm uma participação menor na decisão de compra para 10%, 5% e 4,5% dos entrevistados, respectivamente”.