Sofia Aguiar | 17 de fevereiro de 2021 - 13h44

Suécia pode decretar bloqueio com possível 3ª onda de infecções por covid

"Existe um risco significativo de uma terceira onda de infecção. Pode ser necessário fechar partes da Suécia", afirmou a ministra da Saúde sueca, Lena Hallengren

INTERNACIONAL
Suécia pode decretar bloqueio com possível 3ª onda de infecções por covid - (Foto: Estadão )

A Suécia afirmou que pode decretar bloqueio à medida que cresce o número de infecções em Estocolmo, aumentando as preocupações de uma possível terceira onda de covid-19. Nesta quarta-feira, 17, o governo sueco apresentou uma proposta que permitiria o fechamento de shoppings, academias e restaurantes e implementaria multa àqueles que não obedecerem às regras de bloqueio.

"Existe um risco significativo de uma terceira onda de infecção. Pode ser necessário fechar partes da Suécia", afirmou a ministra da Saúde sueca, Lena Hallengren.

A proposta sobre possíveis bloqueios está em discussão até 26 de fevereiro. Hallengren disse entender que há um desejo de voltar ao normal, mas acrescentou que o recente aumento de casos é "preocupante". Ela continuou: "No momento, não tomamos a decisão de fechar, mas está claro que não pretendemos esperar até que seja tarde demais".

O País, que se destacou internacionalmente pela recusa em introduzir o lockdown, vem desde dezembro impondo mais restrições. Os casos de coronavírus per capita aumentaram nos últimos dias, após repetidos avisos das autoridades de saúde de uma possível terceira onda de infecções. O número de casos e mortes per capita permanece acima dos níveis mais altos registrados nas vizinhas Noruega e Finlândia, mas a mortalidade ainda está baixa.

O Ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, afirmou que dados mostram que variantes do vírus estão se espalhando rapidamente pelo País. Segundo ele, a nova cepa do Reino Unido representa mais de 20% das infecções na Alemanha e a preocupação nacional deve ser quanto à disseminação das variantes do vírus e à capacidade médica.

Spahn apontou que, apesar da maior disseminação, o número de infecções no País ainda permanece em tendência de baixa. O cenário positivo é ainda reforçado com a chegada de dez milhões de doses de vacina na próxima semana que, segundo Spahn, deve aumentar o ritmo das vacinações.

Na terça-feira, 16, a Alemanha relatou 7.556 novos casos e 560 mortes por covid-19. Por enquanto, o bloqueio no País se estende até março, mas a expectativa é de que o governo relaxe as restrições um pouco antes do feriado da Páscoa.

O governo de Taiwan acusou a China de obstruir seus esforços para comprar os imunizantes da BioNTech. Segundo o ministro da Saúde de Taiwan, Chen Shih-chung, Taipei estava prestes a assinar um contrato para a compra de cinco milhões de cursos da empresa farmacêutica alemã em dezembro quando o negócio foi paralisado.

"Acreditamos que houve pressão política", disse ele. "Já havíamos trocado rascunhos de comunicados de imprensa para que o respectivo outro lado olhasse, já tínhamos chegado tão longe e só faltava dar o passo final, quando as coisas mudaram."

A China reivindica Taiwan como parte de seu território e insiste que outros governos, organizações internacionais e empresas privadas a tratem como tal.

O primeiro-ministro da Escócia, Nicola Sturgeon, afirmou que as mortes por coronavírus caíram durante três semanas consecutivas no País, apontou a Sky News. Sturgeon ainda confirmou que os óbitos em lares de idosos, que eram o foco inicial do programa de vacinação, decaíram 62%.

Na terça-feira, a Coreia do Norte foi acusada de tentar roubar dados da vacina da Pfizer. Segundo um parlamentar sul-coreano, a farmacêutica Pfizer foi alvo da tentativa de ciberataque. Especialistas em saúde acreditam que os hackers norte-coreanos estariam mais interessados em vender os dados roubados sobre as vacinas do que usá-los para desenvolver um imunizante em seu território.

Segundo a BBC, a Coreia do Norte ainda não reportou um único caso de coronavírus.