Presidente do Eurogrupo pede mais estímulos fiscais na UE para combate à crise
Países do bloco com contas públicas deterioradas têm sido cobrados pelas autoridades para realizar ajustes fiscais
ECONOMIAO presidente do Eurogrupo, Paschoal Donohoe, pediu às autoridades da União Europeia (UE) mais estímulos fiscais para combater crise econômica trazida pela covid-19. Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 18, Donohoe reconheceu que o atual nível de estímulos fiscais e monetários é sem precedentes, mas alertou para a necessidade de ampliar ainda mais a política expansionista diante da gravidade da situação.
Também presente na coletiva de imprensa, o comissário da UE para Economia, Paolo Gentiloni, afirmou que o Eurogrupo está discutindo com os países-membros do bloco novas reformas econômicas para impulsionar a economia local, embora não tenha detalhado as conversas.
Países da UE com contas públicas deterioradas, como a Itália, que hoje vive uma crise política, têm sido cobrados pelas autoridades do bloco para realizar ajustes fiscais por meio de reformas. Questionado se negou a comentar a situação italiana. "Embora eu tenha muito interesse no tema, não é assunto para nós, da Comissão Europeia e do Eurogrupo", afirmou, na coletiva.
O atual comissário da UE para Economia já foi premiê italiano.
Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a Itália vive uma nova crise política que ameaça a permanência do premiê Giuseppe Conte no cargo. O abalo no gabinete ministerial veio após o partido Itália Viva desembarcar da coalizão governista - desde então, Conte busca aliados para evitar a convocação de novas eleições, cenário considerado improvável neste momento.