Republicanos passam a apoiar impeachment de Trump no Congresso
Tanto lideranças do partido quanto deputados recém-eleitos já anunciaram que votarão pelo impedimento do presidente americano, que deve ser votado nesta quarta-feira, 13
SAI OU NÃO SAI?O processo de impeachment do presidente Donald Trump, aberto pela bancada democratas na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos será endossado por parlamentares republicanos. Tanto lideranças do partido quanto deputados recém-eleitos já anunciaram que votarão pelo impedimento do presidente americano, que deve ser votado nesta quarta-feira, 13.
Para que Trump seja afastado do cargo pelo Congresso, é necessário que o pedido de impeachment seja aprovado na Câmara e no Senado por votação qualificada. Na Câmara, onde começa a haver uma adesão entre os republicanos, o Partido Democrata já tem maioria. No entanto, no Senado, onde a maioria é republicana, nenhum senador do partido declarou abertamente ser a favor do impedimento do presidente.
Entre as lideranças republicanas da Câmara que anunciaram ser favoráveis ao impeachment, o principal nome até aqui é o da deputada Liz Cheney, filha do ex-vice presidente Dick Cheney, e número 3 do partido na Casa. Na quarta-feira passada, 6, quando houve a invasão do Capitólio, Liz votou favoravelmente à confirmação do resultado do colégio eleitoral, confirmando a vitória de Joe Biden.
Outros parlamentares experientes, como Adam Kinzinger, John Katko e Fred Upton também já declararam voto a favor do afastamento do presidente, apesar da proximidade com o fim do mandato - que se encerra no dia 21, com a posse de Biden.
A adesão ao impeachment de Trump não alcançou apenas nomes experientes do partido. Deputados republicanos novatos, empossados no dia da invasão do Capitólio, também já declararam apoio à continuidade do processo de impeachment.
Um deles é o deputado Peter Meijer, eleito pela primeira vez para a Câmara pelo Michigan. Em sua primeira votação - justamente a que decidia sobre o resultado das eleições presidenciais - Meijer rompeu com seu partido e votou a favor de certificar a vitória de Biden. "O que vimos na quarta-feira deixou o presidente inapto para o cargo, disse Meijer ao jornal The New York Times.
Entre os novatos, contudo, a base trumpista permanece forte. A maioria dos deputados republicanos eleitos pela primeira vez votaram pela não nomeação de Biden, defendendo a tese de fraude eleitoral defendida por Trump.
Deputada pela Carolina do Sul, Nancy Mace foi outra que se opôs à ala pró-Trump. Em entrevista, a republicana afirmou ser necessária uma autocrítica por parte do partido. "Precisamos olhar para nós mesmos com seriedade e reconhecer que esse é um problema real para nosso partido.". E completou: "Nós colhemos o que nós semeamos. Vimos e ouvimos a retórica violenta no comício e vejam o que acabou acontecendo." (Com agências internacionais).