Da Redação | 01 de dezembro de 2020 - 09h30

Para coibir irregularidades, Agência Nacional do Petróleo realizou operação em 32 municípios de MS

Foram fiscalizados 183 agentes econômicos

OPERAÇÃO
Também foram realizados 1.446 testes de aferição dos bicos abastecedores para verificar se a quantidade de combustível depositada no tanque dos veículos correspondia ao indicado no painel das bombas - (Foto: Marcelo Camargo/ABrasil)

Para coibir as irregularidades no mercado de combustíveis, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) confirmou que realizou entre os dias 23 e 29 do mês passado uma grande operação de fiscalização em 32 municípios de Mato Grosso do Sul.

A operação englobou os municípios de Amambai, Anaurilândia, Antônio João, Aparecida do Taboado, Aquidauana, Aral Moreira, Bataguassu, Batayporã, Campo Grande, Corguinho, Coronel Sapucaia, Coxim, Dourados, Eldorado, Iguatemi, Japorã, Jaraguari, Laguna Carapã, Miranda, Mundo Novo, Nova Andradina, Paranaíba, Paranhos, Pedro Gomes, Ponta Porã, Rio Verde de Mato Grosso, Rochedo, Selvíria, Sete Quedas, Tacuru, Taquarussu e Terenos.

Foram fiscalizados 183 agentes econômicos. A fiscalização abarcou principalmente postos revendedores varejistas de combustíveis automotivos (163), mas também esteve em revendas de GLP (10), distribuidoras de combustíveis líquidos (6), distribuidoras de GLP (2) e postos revendedores de combustíveis de aviação (2). 

Em Campo Grande, a operação contou com a parceria do Procon Estadual da Agência Estadual de Metrologia (AEM-MS), além do apoio da Decon-MS, tendo como focos a análise da qualidade dos combustíveis comercializados e a verificação da quantidade de produto fornecida pelas bombas abastecedoras, além de outras demandas específicas identificadas pela área de planejamento da fiscalização. 

Durante a operação, foram realizadas análises de campo da qualidade em 640 amostras de combustíveis, sendo que em dois postos os resultados dos testes no etanol hidratado apresentaram resultado fora das especificações da ANP quanto ao teor alcoólico. Os postos, que foram autuados e tiveram bombas e tanques interditados, estão localizados em Aquidauana e em Jaraguari.

Os postos, que foram autuados e tiveram bombas e tanques interditados, estão localizados em Aquidauana e em Jaraguari - (Foto: Marcelo Camargo/ABrasil)

Também foram realizados 1.446 testes de aferição dos bicos abastecedores para verificar se a quantidade de combustível depositada no tanque dos veículos correspondia ao indicado no painel das bombas. Neste quesito, seis postos foram autuados por apresentarem variações fora do limite permitido de 60 ml para baixo a cada 20 litros, sendo três em Campo Grande, um em Ponta Porã, um em Rochedo e um em Amambai.

As demais infrações constatadas foram de menor gravidade e por motivos diversos, como equipamentos com defeito, painel de preços com ausência de informações e falta de equipamentos de análise dos combustíveis, entre outros.

Nos demais segmentos de mercado fiscalizados, ocorreu apenas uma autuação de revenda de GLP, por transportar botijões de 13 kg (P-13) em motocicleta sem o auxílio de semirreboque ou sidecar, o que é vedado pela legislação.

As autuações dão início a processos administrativos, ao longo dos quais os agentes econômicos têm direito à ampla defesa e ao contraditório. Sendo confirmada a irregularidade ao final do processo, os estabelecimentos estão sujeitos às penalidades previstas em lei, como multas. Já as interdições são medidas cautelares para proteger o consumidor. Uma vez que o agente comprove que corrigiu as irregularidades, a ANP realiza a desinterdição, conforme determina a lei, mas o processo administrativo tem continuidade.

A ação de fiscalização da ANP foi motivada a partir de vetores de inteligência, como denúncias recebidas pela Ouvidoria e os dados obtidos pelo Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) da ANP, além de demandas do Procon e do Ministério Público.