Rosana Siqueira | 29 de setembro de 2020 - 09h32

Agropecuária elevou em 17% presença na balança comercial de MS este ano

Suinocultura teve destaque no mercado de exportação de carnes com demanda chinesa

AUMENTO
Criação de suínos ampliou este ano para atender mercados asiáticos - Arquivo

A Agropecuária ampliou em 17,8% sua partiicpação nas exportações de Mato Grosso do Sul de março a agosto de 2020, período pandêmico. Os dados são do departamento técnico do Sistema Famasul, e mostram que os Estados Unidos e a China ampliaram o potencial de compra de itens do agro sul-mato-grossense em 38% e 35%, respectivamente. 

A explicação está no direcionamento de aquisições dos compradores internacionais para o Brasil. De acordo com a analista técnica, Bruna Dias, o preço competitivo e o grande volume da produção estão entre os principais motivos. “A alta do câmbio beneficia as exportações, torna os produtos brasileiros mais competitivos no mercado externo e, consequentemente, impulsiona a venda de importantes produtos deste setor, como é o caso de celulose, grãos e proteínas”, detalha.

A produção de grandes excedentes e o potencial para as vendas externas consolidam cada vez mais o país como um confiável fornecedor de alimentos para o mundo. Entre os principais produtos exportados estão o complexo soja, responsável por 51,6% do total comercializado, produtores florestais, com 25,4% do faturamento, e as carnes, com 15,8%. Os três itens totalizam 93% da pauta exportadora do estado para o período.

Por outro lado, com a valorização do dólar, os produtores rurais sentem o encarecimento dos insumos. “Fertilizantes, defensivos e medicamentos são itens essenciais na atividade desenvolvida no campo e, considerando o momento de pré-custeio da safra 2020/2021, o impacto pode ser negativo no custo de produção”, complementa.

Cadeias produtivas em destaque

Quando o assunto é produção, no primeiro semestre deste ano, a suinocultura foi destaque. Mato Grosso do Sul produziu 11,9% mais de carne suína, quando comparado a igual período de 2019. Em seguida aparece a soja, com 11,3 milhões de toneladas e praticamente 100% do volume comercializado, e o milho da segunda safra, com a colheita quase concluída, apresentando perspectiva de 8,6 milhões de toneladas e a comercialização acima de 62%.