Por Roberto Chamorro | 03 de setembro de 2020 - 16h15

Será que a urna eletrônica poderá contaminar?

Roberto Chamorro (*)

ARTIGO
Roberto Chamorro é jornalista, especializado em Saúde Pública - (Foto: Reprodução)

Estamos a 75 dias próximos das eleições municipais, quando quase 147 milhões de brasileiros irão às urnas para escolher prefeitos e vereadores. Será uma eleição atípica em função da pandemia do coronavírus.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ampliou em uma hora o tempo de votacão para reduzir riscos de aglomeração nos locais de votação. Eleitores poderão ir às urnas de 7h às 17h, sendo que 10h a preferência será para pessoas com mais de 60 anos.

Felizmente, após seis meses de angústia, observamos o início da redução de casos no mundo. Graças a Deus, vamos começar a descer a ladeira do famigerado platô, que não significa que chegamos ao fim da pandemia.

Será inevitável que o eleitor fique preocupado com a urna eletrônica. Será que pode haver contaminação quando for digitar o número do candidato? Claro, qualquer pessoa que ao longo dos seis meses de pandemia tomou os cuidados necessários vai continuar tomando cuidado em qualquer situação, principalmente na fila de votação onde, com certeza, haverá muita gente próxima.

Para facilitar e tranquilizar o eleitor, os tribunais regionais eleitorais preparam protocolo nacional de segurança para as eleições. Desde julho, o Tribunal Superior Eleitoral tem mantido reuniões com médicos para o preparo desse protocolo e, assim, garantir para o eleitor e os mesários que todos poderão votar de forma segura.  O uso da biometria foi descartado para as eleições deste ano, uma vez que seu uso poderia atrasar o voto e provocar aglomerações.

O TSE finalizou a apuração do edital para doação de equipamentos de proteção individual, em que solicitou  máscaras cirúrgicas descartáveis, frascos de álcool etílico em gel 70%, protetores faciais, frascos de álcool etílico desinfetante 70%, rolos de papel toalha e rolos de fita adesiva para marcação de distanciamento social, necessários para prevenir o contágio pelo novo coronavírus nos locais de votação e nas seções eleitorais durante as Eleições 2020

Vinte e seis empresas e instituições dos mais diversos segmentos fornecerão também serviços de logística e entregarão os materiais diretamente nos Tribunais Regionais Eleitorais. 

Em Mato Grosso do Sul, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador João Maria Lós, ressalta que o Ministro Luís Roberto Barroso, Presidente do TSE, conclamou especialistas, instituições e empresas a colaborarem com a Justiça Eleitoral no enfrentamento da pandemia da Covid-19.  Uma das ações, segundo o presidente do TRE/MS é a elaboração de uma cartilha de recomendação sanitária para o dia da eleição, “onde devem levar em conta cuidados para eleitores, mesários, fiscais de partido, higienização do espaço físico das seções, policiais, agentes de segurança e servidores da Justiça Eleitoral”.

*Roberto Chamorro é jornalista, especializado em Saúde Pública