Da Redação | 31 de agosto de 2020 - 10h00

Waldir Neves está satisfeito com a decisão que o inocentou da acusação de assédio moral

O ex-presidente do TCE-MS foi acusado de perseguição pelo ex-secretário do Ministério Público de Contas, Enio Martins Murad

JUSTIÇA
O ex-presidente do TCE-MS Tribunal de Contas do Estado), Waldir Neves Barbosa - (Foto: Reprodução)

O ex-presidente do TCE-MS Tribunal de Contas do Estado), Waldir Neves Barbosa, explicou ao jornal A Crítica que o processo judicial de assédio moral movido pelo ex-secretário do MPC-MS (Ministério Público de Contas), Enio Martins Murad, acabou lhe criando constrangimento, mas agora, com a declaração de inocência, foi feita Justiça. "Foi uma situação muito ruim porque você demora 30 anos para construir uma reputação, nunca tive processo, nunca fui condenado a nada, tive quatro mandatos como deputado estadual e um como deputado federal. À frente do TCE nunca tive qualquer tipo de condenação, aí, de repente, vem um funcionário, por razões inexplicáveis, e tenta manchar o nosso nome", ressaltou.

Ele explica que, quando assumiu a Presidência do TCE-MS colocou ordem na casa e isso mexeu com os interesses de servidores que podiam fazer tudo de qualquer jeito sem dar explicações a ninguém. "O Enio Murad juntou um grupo dentro do MPC-MS (Ministério Público de Contas) e tentou me pressionar. Como não cedi, ele foi para a imprensa e chegaram a fazer denúncias anônimas. Eu fiquei durante quatro anos enfrentando esse processo, tendo que gastar com advogado, perdendo meu tempo, isto é, a Justiça perdendo tempo com isso, enquanto tinha coisas mais importantes para atuar", lamentou.

Segundo Waldir Neves, as acusações do ex-secretário do MPC-MS são todas sem fundamento. "É tudo fruto de armações, criações e inalações dessa pessoa, de quem não tenho nada contra, até peço a Deus que o abençoe, coloque luz no caminho dele. Eu, enquanto presidente do TCE-MS, apenas fiz a minha parte, não compactuo com coisas erradas porque não faz parte da minha biografia", afirmou, ressaltando, porém, que, nesse meio tempo, o processo foi se arrastando e, quem não o conhece, acaba até acreditando nas histórias contadas pelo Enio Murad. "Ele é uma pessoa preparada, conhece os trâmites do Tribunal de Contas, mandou lá no MPC-MS por muito tempo, mas, graças a Deus, chegamos a um final que já era esperado por mim", revelou.

O ex-presidente do TCE-MS reforça que tinha total consciência sobre a sua inocência. "Sempre estive tranquilo com relação a isso e respondi aos chamados da Justiça, me preparei, dei os depoimentos, os esclarecimentos necessários, mas a gente perde um tempo, tem um desgaste psicológico, suja a nossa imagem e reputação, pois, quem tem vergonha na cara e dignidade, sofre com isso", lembrou, lamentando o fato de alguns órgãos de imprensa terem usado o processo para manchar a sua imagem pública. "Alguns sites usaram as informações de forma maldosa e distorceram os fatos. Agora, que saiu o resultado favorável a mim, duvido que publiquem. Infelizmente, mesmo que publiquem, não vão conseguir apagar o mal que me fizeram", ressaltou.

Ele acrescenta que esses órgãos de imprensa só mostraram um lado da história. "Estou feliz e satisfeito com a decisão judicial. Estou com a consciência tranquila, nunca me abalei e os meus amigos sabem que as acusações não tinham fundamento, pois nunca fiz nada de errado e sempre procurei ajudar as pessoas. A vida é curta e temos de procurar sempre fazer o bem e é nisso que eu me concentro. Deus esteve presente neste momento da minha vida e me ajudou. Então, agora estou satisfeito e aliviado", finalizou.

No último dia 27 de agosto, o juiz Marcelo Andrade Campos Silva, da 4ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Campo Grande, inocentou o ex-presidente do TCE-MS, Waldir Neves Barbosa, da acusação de assédio moral feita pelo ex-secretário do MPC-MS, Enio Martins Murad. Além de julgar improcedentes os pedidos contidos no processo judicial, o magistrado condenou o ex-servidor a pagar pelas custas processuais e honorários advocatícios, fixando em 10% sobre o valor atualizado da causa.