Carlos Ferreira | 26 de agosto de 2020 - 11h40

Mesmo com 'coronacrise', Campo Grande completa 121 anos caminhando para estabilização da economia local

Conforme os dados divulgados no começo do mês pela Junta Comercial de Mato Grosso do Sul, a Capital lidera no número de empresas abertas no mês de julho de 2020

DESENVOLVIMENTO
Campo Grande tem 2.202 indústrias em operação - (Foto: Divulgação)

Criticada por uns e elogiadas por outros, as medidas de contenção em relação ao comércio e indústrias, mantiveram a economia aquecida. Apesar das demissões, o varejo voltou a apresentar sinais de estabilização e as indústrias estão registrando indícios de plena atividade, além de aberturas de novas empresas.

Para o Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia e Agronegócio, Herbert Assunção, apesar da pandemia ter afetado o município, é notório ver a estabilidade nos números.

“A gente percebe que a nossa Capital tem uma autonomia administrativa financeira, um comércio pujante, as indústrias estabilizadas. Houve desempregos, mas em conseqüência, crescemos nos números de postos de trabalho aberto. No mês passado foram 669 postos e neste mês já contabiliza mais 598 vagas de emprego. Acreditamos que em breve nossa economia vai promover o desenvolvimento do nosso Estado”, afirma.

Conforme os dados divulgados no começo do mês pela Junta Comercial de Mato Grosso do Sul, a Capital lidera no número de empresas abertas no mês de julho de 2020, com 367 novos estabelecimentos. Na frente de Dourados (95); Três Lagoas (52); Ponta Porã (40); Naviraí (23); Corumbá (20); Maracajú (17); Chapadão do Sul (14); Costa Rica (14) e Bataguassú (12).

“Haja vista que Campo Grande é o centro de desenvolvimento do nosso Estado, e vai se tornar em breve o centro de desenvolvimento do Brasil, na medida em que a Rota Bioceânica será implementada. O cenário empresarial é bem promissor, e temos trabalhado para que novos empreendimentos sejam instalados. Campo Grande é a Capital que mais vai crescer nos próximos anos. Temos quatro pólos industriais, mais de 378 novos empreendimentos foram aprovados pelo Codecon (Conselho de Desenvolvimento Econômico de Campo Grande), surgiram 4.135 novos empregos nas indústrias com investimento de aproximadamente R$ 780 milhões desde de 2017. Isso traz novos investimentos e até o fim do ano, cerca de 35 à 40 novos projetos serão aprovados”, ressalta Assunção.

Campo Grande tem 2.202 indústrias em operação e que juntas empregam 35.377 trabalhadores com carteira assinada. Com um setor industrial expressivo que vem se adaptando para manter a economia local a todo vapor, mesmo que a os índices de casos confirmados de Covid-19 hoje na Capital ultrapasse a casa dos 19 mil.

Um exemplo disso é a indústria Cativa MS Téxtil, que reduziu o número de funcionários e os salários em conformidade com a Medida Provisória 936 do Governo Federal para manter empregos durante a pandemia do novo coronavírus, mas três meses depois comunicou a retomada total de sua capacidade de produção. Para isso, foram necessárias medidas de biossegurança para garantir a segurança dos colaboradores.

Todos antes de entrar no prédio têm a temperatura aferida, é obrigatória a utilização de máscaras de proteção facial, além da colocação de frascos de álcool em gel por toda a fábrica. “Também tivemos alteração no refeitório. As refeições eram servidas no sistema de buffet e agora os pratos já vêm prontos. Além disso, fizemos vários horários de almoço para que haja menos funcionários no refeitório”, detalhou o gerente-geral da Cativa MS Têxtil, Israel de Azevedo.

Novo decreto - Em reunião realizada na Prefeitura de Campo Grande na tarde de segunda-feira (24), foi definida as novas flexibilizações neste período de pandemia para o comércio na Capital. No novo decreto que vale até 31 de agosto, estarão liberados o consumo de bebidas alcoólicas, música ao vivo com no máximo dois músicos e o toque de recolher que passa a ser a partir das 22h até às 5h.