Carlos Ferreira | 12 de agosto de 2020 - 16h20

MS está há dois meses sem registrar mortes por dengue

A última morte foi no dia 30 de maio em Ponta Porã, a 316 km de Campo Grande, quando um homem de 43 anos faleceu em decorrência da dengue

SEM ÓBITOS
Há dois meses a dengue não mata em MS - (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Apesar do crescente número nos casos de dengue em MS, desde maio o Estado não registra um novo óbito pela doença. A última morte foi no dia 30 de maio em Ponta Porã, a 316 km de Campo Grande. As informações foram divulgadas hoje (12) pela Vigilância em Saúde do Estado. 

Em janeiro e fevereiro foram oito mortes em cada mês, em março foram 11, em abril houve sete e maio registrou cinco. De 39 mortes registradas em 2020, 24 apresentavam comorbidades.

Os cinco municípios com maior índices de casos em MS são: Campo Grande com 11.476 casos confirmados, Três Lagoas (2.714), Ponta Porã (2.487), Amambaí (1.727) e Dourados (1.196).

Em julho 10.746 casos confirmados de dengue, conforme o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES). A média diária de casos confirmados era de 109 por dia. Em 2017 o Estado registrou o índice mais baixo, com 7.277 casos e no ano de 2019 houve 85.429 casos durante todo o ano.

Novo método - Uma iniciativa que demonstrou significativos resultados em Niterói, no Rio de Janeiro, no combate ao vírus propagador da dengue, zika e chikungunya, está a todo vapor em Mato Grosso do Sul: o Método Wolbachia está na etapa de instalação da biofábrica, na sede do Lacen (Laboratório Central de MS), e com previsão da liberação dos mosquitos com a bactéria Wolbachia ainda em setembro. A previsão é de que os mosquitos sejam soltos no próximo mês.

A iniciativa é criada pelo World Mosquito Program (WMP) e conduzido no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), implementado em Campo Grande com apoio da Secretaria de Estado de Saúde.

Segundo o líder do Método Wolbachia no Brasil e pesquisador da Fiocruz, Luciano Moreira, o projeto é resultado da descoberta do WMP de que o mosquito Aedes aegypti, quando contém a bactéria Wolbachia, tem sua capacidade reduzida de transmitir as três doenças citadas.

Para a liberação dos mosquitos, Campo Grande foi dividida em seis áreas. A primeira abrange os bairros de Guanandi, Aero Rancho, Batistão, Centenário, Coophavila II, Tijuca e Lageado. No último dia 13 os membros da OPAS visitaram as obras da biofábrica do Método Wolbachia.