Auxílio emergencial pode ser estendido até março de 2021, defende aliados de Bolsonaro
A equipe econômica que tem como ministro Paulo Guedes, vê a iniciativa com algumas ressalvas
PRORROGAÇÃOCriada com o meio de diminuir os impactos negativos do coronavírus na economia, aliados do presidente Jair Bolsonaro estão defendendo a ideia de promover o beneficio até março de 2021. Mas o valor de R$ 600 deve cair para algo entre R$ 200 e R$ 300.
A equipe econômica que tem como ministro Paulo Guedes, vê a iniciativa com algumas ressalvas. A redução do valor do auxilio depende de aprovação do Congresso pois o teto de R$ 600 está previsto em lei. Se for decidido, a medida que vence em dezembro ia passar por votação mais uma vez.
Enquanto isso uma ideia legislativa apresentada no Portal e-Cidadania, defende a prorrogação do auxílio emergencial de R$ 600 reais do governo enquanto durar o estado de calamidade pública em razão da pandemia de covid-19 pode se tornar lei. Esse objetivo alcançou em menos de 15 dias 68,8 mil apoios, mais que o triplo da quantidade necessária para ser analisada como sugestão pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) — número contabilizado na tarde desta segunda-feira (10). Se obtiver parecer favorável da comissão, a ideia será discutida como projeto de lei pelo Senado.
O pagamento de R$ 600 reais mensais de auxílio emergencial foi aprovado em março pelo Senado. O auxílio é destinado para desempregados, Microempreendedores Individuais (MEI), contribuintes individuais da Previdência Social e trabalhadores informais de baixa renda. Inicialmente, a previsão era de pagar três parcelas do auxílio, mas o pagamento do benefício foi prorrogado por mais dois meses.
De acordo com o autor da ideia legislativa, a situação que gerou o estado de calamidade persiste e está mais grave que antes em alguns estados. Por essa razão, ele defende o pagamento até 31 de dezembro de 2020 ou até a chegada de uma vacina contra o novo coronavírus.
Um estudo realizado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) mostrou que o auxílio emergencial de R$ 600 foi responsável por manter a economia ativa durante a pandemia em municípios de menor renda e Produto Interno Bruto (PIB) e alta vulnerabilidade.
Segundo um dos autores do estudo, as regiões Norte e Nordeste tiveram maior impacto com o recebimento do auxílio.