Antes esquecido, serviço de entrega será prioridade para bares e restaurantes de Campo Grande pós-pandemia
Restaurantes e bares tiveram que fazer a contratação dos profissionais de entrega, já que aglomerações e níveis de lotação passaram a ser cobrados cada vez mais por autoridades
NOVA REALIDADEA pandemia mudou muitas coisas na vida da população. Alguns consideram que abriu o horizonte para novas possibilidades, dentre elas, o alto consumo do serviço delivery.
Restaurantes e bares tiveram que fazer a contratação dos profissionais, já que aglomerações e níveis de lotação passaram a ser evitados nos estabelecimentos comerciais.
O empresário Augusto Rozemball é proprietário de um restaurante no Jardim América na Capital. Ele alega que antes da pandemia a realidade das entregas era outra, mas que depois de março as coisas mudaram.
“Antes tínhamos apenas um moto entregador e era no esquema de freelancer. Ou seja, saía o pedido, entravamos em contato com ele para fazer a entrega. Como a demanda era muito pouco não compensava contratar uma para deixar fixo”, explica.
Rozemball ressalta que houve dias que a média era de três a cinco encomendas por dia. “Houve dias que saía até cinco marmitas. A pessoas optavam mais em comer no local. Mas hoje a realidade mudou e há dias que preciso de até três entregadores”, ressalta.
Atualmente o MS possui em torno de 15 mil trabalhadores de veículos sob duas rodas, seletistas e agora dos aplicativos. Desde fevereiro até o momento, o número de motoqueiros de aplicativos subiu 80%. São 4.500 trabalhadores atendendo diversos estabelecimentos em MS.
Mário Assumção é dono de um bar na Vila Anahy. Ele explica que com a pandemia precisou trazer outras vertentes para o bar, já que com a pandemia houve uma queda brusca no movimento.
“Dou graças a Deus que não pago aluguel, mas ainda assim pago funcionários e precisei me readaptar para manter o negócio de pé. Uma das alternativas foi migrar para o serviço de entrega e fazer um esquema de combo, levando bebidas com as porções... E está dando muito certo”, comemora.
Algumas mudanças provocadas pela Covid-19 deverão permanecer na sociedade e o serviço delivery mostrou que veio para ficar.
“Não tenho dúvidas que veio para ficar, tanto que estou conhecendo vários outros colegas que estão migrando para esse segmento. Temos que nos adaptar, é a nossa única alternativa”, afirma Rozemball.
Para os donos desses empreendimentos, o momento pede planejamento para pensar em maneiras de se adaptar aos novos tempos. Muitos já perceberam que os serviços de delivery estão em alta e podem ser uma das melhores soluções para manter as vendas.
Além dos serviços de entrega, o setor de alimentação tem buscado alternativas para driblar a crise. A analista de Competitividade do Sebrae Mayra Viana explica que os empreendedores devem, primeiramente, passar credibilidade e conhecimento sobre as recomendações das autoridades quanto aos cuidados de higiene e prevenção adotados. Para isso, é necessário informar, por meio dos canais de atendimento, que o manual de boas práticas está sendo seguido.