Iury de Oliveira | 27 de julho de 2020 - 15h10

Incerteza sobre futuro em meio à pandemia afeta cofres dos times de MS

Sem entrar em campo desde 18 de março os times enfrentam problemas pra manter as contas em dia

CRISE NO FUTEBOL
Ainda não existe uma data definida para o retorno do campeonato - (Foto: Reprodução)

Com a paralisação do futebol no Brasil, o campeonato sul-mato-grossense foi prejudicado com problemas financeiros os clubes. Sem entrar em campo desde 18 de março os times enfrentam problemas pra manter as contas em dia.

O Operário Futebol Clube, um dos principais clubes do Estado vive essa realidade. Para o presidente do clube, Estevão Petrallas, o principal problema é a falta da presença do torcedor. “Sem os torcedores os times de MS não sobrevivem, nós inclusive mandamos um ofício para federação pedindo que o campeonato não volte em 2020, sem o torcedor”, diz.

Além da falta da torcida, o dirigente ressalta que os clubes em Mato Grosso Sul não tem estrutura para cumprir com os protocolos de segurança sanitária, necessárias para o retorno das partidas. O clube também é afetado pelo desinteresse dos patrocinadores que sem os jogos e a transmissão na TV, deixam de investir fazendo com que o clube fique praticamente sem receita. “Como não tem atividade, não existe interesse do patrocinador em continuar atuando como se estivesse tendo jogos. Sem jogos, o impacto é muito grande e os clubes ficam sem receita nenhuma, inclusive com dívidas”, ressalta.

Os times disputam a preferência em MS

Para tentar reverter a situação clube esta promovendo uma campanha chamada “Abrace o Operário” onde o torcedor poderá ajudar o clube. A primeira parte da campanha é uma tarde de pizza onde o torcedor compra e retira no dia 8 de agosto. Essa deve ser a primeira de uma série de ações que clube vai fazer para que a torcida possa ajudar o time.

No Esporte Clube Comercial, a situação é parecida: sem os jogos, a única fonte de receita é a mensalidade paga pelos sócios patrimoniais do clube. Segundo Valter Mangini, presidente do Comercial, a agremiação consegue se manter com essa redução nas receitas por conta que as despesas também reduziram bastante. “Ainda temos algumas despesas, mas é muito pouco, já que com a paralisação dos jogos os profissionais envolvidos com o time profissional e de base foram dispensados”, disse.

Ainda não existe uma data definida para o retorno do campeonato, porem existe a expectativa na Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) de que o campeonato possa voltar em setembro, caso os números de casos de Covid-19em MS diminua. O Operário, no entanto, enviou um expediente para federação solicitando a volta apenas em 2021, vislumbrando a possibilidade de poder receber publico no estádio. “Queremos o retorno no ano que vem, quem sabe já com uma vacina e o torcedor nos estádios”, disse Petrallas.

Estádio Morenão - Antes da pandemia, uma parceria entre o Governo do Estado e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), com a conveniência do Ministério Público Estadual (MPE), pretendia reformar o estádio Morenão. Com previsão de investimentos na casa dos R$ 4,5 milhões, o projeto apresentado pela UFMS incluía obras de infraestrutura, como acessibilidade, novos banheiros, cobertura do fosso ao redor do campo e construção de um elevador na parte externa, na entrada principal do estádio, com acesso às cobertas (setor de cadeiras e arquibancadas) alem de reforma na parte elétrica e no sistema de prevenção a incêndios e construção de uma plataforma para cadeirantes no espaço atual do fosso. As obras não começaram por conta da pandemia do novo coronavírus.