Infratora é multada por desmatamento e exploração ilegal de madeira no Pantanal
A proprietária da fazenda localizada em Corumbá foi multada em R$ 91,5 mil pela PMA. Responsável pode ser condenada com detenção e reclusão.
CRIME AMBIENTALPoliciais militares ambientais autuaram e multaram, por desmatamento e exploração de madeira irregular, em R$ 91,5 mil, nesta última terça-feira (14), a responsável por uma propriedade rural próxima à rodovia MS 178, localizada a 21 quilômetros de Corumbá, municipio distante 428 quilômetros de Campo Grande.
Segundo informações da Polícia Militar Ambiental (PMA), depois de receber denúncias sobre um desmatamento, foi verificado que a proprietária da fazenda, com uso de máquinas, havia desmatado uma área de 12 hectares de vegetação nativa, medidos em GPS. Para saber como era a vegetação anteriormente ao desmate, os Policiais fizeram comparação de imagens de satélites e verificaram que a vegetação no local era de grande porte e formava copas, fato também confirmado pelas árvores que estavam em leiras no local e pela vegetação ao lado da área desmatada por sobrevoo de drone.
Imagem do desmatamento feita por drone.
No momento em que a PMA vistoriou o local, notou-se que as árvores foram arrancadas pela raiz e a madeira seria explorada. Só de aroeira, considerada uma espécie nobre foram encontradas 160 árvores de grande porte nas leiras. Tudo era realizado sem licença ambiental. A aroeira é a preferida dos contrabandistas porque tem durabilidade longa e pode ser empregada em várias finalidades nas propriedades rurais. Uma máquina pá-carregadeira que juntava as árvores caídas nas leiras foi apreendida.
A fazendeira responderá por dois crimes ambientais. Se condenada, poderá pegar pena prevista de três a seis meses de detenção pelo desmatamento e de seis meses a um ano de detenção pela exploração da madeira.