Rosana Siqueira com agências | 07 de julho de 2020 - 09h16

China comprou mais da metade das exportações do MS e carne é destaque na lista

A China segue como principal destino das exportações de Mato Grosso do Sul, com 50,56% do total exportado, que ficou em R$ 2,9 bilhões no ano

SEM CRISE
Carnes bovinas estão entre os produtos mais vendidos - (Foto: Ueslei Marcelino)

A China segue como principal destino das exportações de Mato Grosso do Sul, com 50,56% do total exportado, que ficou em  R$ 2,9 bilhões no ano, seguida pela Argentina (4,62%) e Estados Unidos (4,16%). Três Lagoas lidera os municípios exportadores, embora o destaque seja para o segundo, Dourados que expandiu 102,65% suas exportações principalmente devido às exportações de soja.

Além da soja, a carne e o açúcar foram os produtos com maior destaque na balança no ano. As informações são da Carta de Conjuntura do Setor Externo do mês de junho divulgada ontem (6), pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

O avanço mais expressivo foi na carne de aves de 25,3% somando US$ 126.2 milhões no ano. Em seguida bem a carne bovina com U$ 363,9 milhões, alta de 0,47%.

As importações chinesas de carne bovina do Brasil saltaram 148% no primeiro semestre, para 365.126 toneladas, e com isso o país se tornou destino de 57% do total comercializado pelos brasileiros no período, informou a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) nesta segunda-feira.

No semestre, o Brasil exportou 909,7 mil toneladas de proteína bovina, considerando o produto in natura e processado, alta de 9% ante 2019, disse a Abrafrigo com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

A entidade destacou que a participação de 57% da China foi alcançada somando o total adquido no semestre via continente (365.126 toneladas) e por Hong Kong (154.312 toneladas), totalizando a movimentação de 519.438 toneladas.

No mesmo período do ano passado, quando as compras chinesas via continente haviam alcançado 147.290 toneladas e as de Hong Kong ficaram em 172.361 toneladas, a participação deste mercado era de 38%.

Ainda segundo a Abrafrigo, o Egito ficou na segunda posição entre os principais importadores de carne bovina do Brasil no semestre, com movimentação de 55.750 toneladas (-30% em relação a 2019), e o Chile em terceiro, com 34.062 toneladas (-33%).

De acordo com analistas e representantes do setor ouvidos anteriormente pela Reuters, os altos preços pagos pela China e uma possível estratégia de formação de estoques fez com que exportadores brasileiros dessem preferência para aquele mercado, em detrimeto à venda para países árabes, por exemplo.

Em junho, também impulsionadas pela firme demanda chinesa, as exportações totais de carne bovina (in natura e processada) cresceram 28% em relação ao mesmo mês do ano passado e bateram o recorde para o mês, somando 172.361 toneladas.

A receita, por sua vez, avançou 48% em junho, para 743 milhões de dólares, ressaltou a Abrafrigo. No semestre, saltou 26%, para 3,9 bilhões de dólares.