Da Redação | 03 de julho de 2020 - 17h24

Além do tapa-buraco que parece argila, moradores de Rio Verde reclamam da falta de pontes e até de banheiro público

Denuncias relatam o descaso da Gestão Municipal de Rio Verde de Mato Grosso (MS) com a comunidade.

DENÚNCIAS
A população tem acompanhado as denúncias de insatisfação relacionadas a gestão municipal de Rio Verde de Mato Grosso (MS), comandada por Mario Kruger. - (Foto:Divulgação)

O uso de um produto que mais parece uma argila para tapar os buracos da principal avenida de Rio Verde, a 170 km de Campo Grande, é apenas um dos problemas citados pela população contra a atual administração da cidade. Entre outras reclamações dos moradores estão a falta de banheiro público na praça central da cidade, e um outro que está trancado, e ainda o volume alto de pontes estragadas, que somam 50 no município.

As denúncias foram feitas por ouvintes  a rádio Serra FM e apresentadas em reportagem hoje pela manhã no Giro Estadual de Notícias e matéria veiculada no site da A Crítica. Após a repercussão das notícias, a equipe da Serra FM foi até as ruas e ouviu os moradores de Rio Verde. A reportagem do Giro Estadual de Notícias chegou a fazer um boletim especial com a crítica dos moradores que você confere no aúdio abaixo.

Eles alegam que a questão do recapeamento e má qualidade do asfalto é queixa antiga. O tema, inclusive, já foi levada a Câmara Municipal e aos vereadores, mas até agora nada foi feito. De acordo com Moisés da Ponte, a questão do asfalto de má qualidade é apenas um dos problemas na cidade. “Foi falado na reportagem que o produto que está sendo usado seria cascalho com cimento e outro material, mas não parece resolver. Não é só lá, são vários locais onde estão sendo feitos tapa -buracos que parecem argila. E não é de hoje que a gente reclama para os  vereadores de Rio Verde e eles não fazem nada. A cada três meses chove e é um novo tapa-buraco”.

Ele diz que o trabalho do município estraga até a obra do Governo. “Este negócio tá errado demais”, acrescenta.

Moisés ainda reclama da má condição das pontes que cercam a cidade. “Sempre se usou o recurso do Fundersul e a receita aumentou com o impoto etão não é desculpa para não se arrumar as pontes. Está uma bagunça, é só mentira. O prefeito diz que não tinha recursos para arrumar a ponte de Coxim e a ponte caiu. Agora tem esta outra ponte com 40 metros que dizem que vão arrumar. Tem outras que foram consertadas e a enchente levou. Aqui no município tem pelo menos 50 pontes deterioradas” acrescenta o empreiteiro.

Outro problema citado pelo morador é o banheiro público da praça que não funciona. “”Estes dias fui pegar senha para ir na lotérica e quando entrei etava uma vergonha. Aí eu fiz um vídeo e postei nas redes sociais.  Imagina se vem um turista, entra ali e um cidadão diz isso acabou com a cidade. Ai me disseram que mas tem outro banheiro da frente, mas tá com acdeado trancado.Isso é uma vergonha, os vasos quebrados, tudo. Agora o prefeito vem bancar de bonzinho, maquiar a cidade e vai ser cobrado”, finalizou.

Resposta - O prefeito de Rio Verde Mário Kruger alega que as denúncias são infundadas e que o produto usado no tapa-buraco não é em hipótese alguma argila. Segundo ele trata-se de solo-cimento, “que é  o material resultante da mistura homogênea, compactada e curada de solo, cimento e água em proporções adequadas”. Ele enfatizou que o produto resultante deste processo é um material com boa resistência à compressão, bom índice de impermeabilidade, baixo índice de retração volumétrica e boa durabilidade. “O solo é o componente mais utilizado para a obtenção do solo-cimento. O cimento entra em uma quantidade que varia de 5% a 10% do peso do solo, o suficiente para estabilizá-lo e conferir as propriedades de resistência desejadas para o composto”, acrescentou.