Fiscalizações de energia em MS priorizaram resultados e segurança
No último ano foram feitas 16 fiscalizações técnicas de energia elétrica nos serviços de geração e de distribuição. Por demandas de entidades da sociedade civil ou cumprindo programação demandadas diretamente pela Aneel, ocorreram sete fiscalização às dis
REGULAÇÃOA Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agepan) realizou no último ano 16 fiscalizações técnicas de energia elétrica, nos serviços de geração e de distribuição. Respondendo a demandas de entidades da sociedade civil ou cumprindo programação demandadas diretamente pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ocorreram sete fiscalização às distribuidoras Energisa MS e Elektro e nove a empreendimentos geradores.
Os dados constam do Relatório de Efetividade 2019 publicado pela Agência e que traz um balanço das ações anuais e seus resultados efetivos na busca pela melhoria dos serviços públicos regulados.
“O plano de resultados da maior concessionária de distribuição e a inspeção dos planos de segurança e emergenciais das usinas geradoras foram marcos importantes das fiscalizações no último ano”, cita o diretor de Gás, Energia e Aquário, Valter Almeida da Silva. “E é importante destacar que estrategicamente as fiscalizações avançam cada vez mais para um modelo que prioriza a melhoria do serviço como um todo, garantido a sua correta prestação, com monitoramentos e análises crescentes”.
Distribuição
No serviço de distribuição de energia, conforme o Contrato de Metas pactuado com a Aneel, ocorreram quatro fiscalizações pontuais em resposta a demandas institucionais e três fiscalizações remotas e a campo demandadas pela agência federal. Dentro do projeto de Fiscalização Estratégica adotado a partir de 2016, que se baseia em oportunizar as empresas a melhora na prestação do serviço, as fiscalizações foram caracterizadas como Análise.
Esse tipo de verificação se enquadra como um segundo nível, que começa com o Monitoramento (feito pela Aneel), evolui para Análise e, dependendo da resposta do prestador de serviço, pode avançar para Acompanhamento e Ação Fiscalizadora. As duas últimas situações são as que exigem maior comprometimento e podem chegar a processos punitivos ao prestador.
Demandas de Instituições
Respondendo efetivamente a demandas de instituições de controle, de defesa do consumidor ou de representação social, autorizadas pela Aneel, em 2019 foram realizadas as seguintes fiscalizações:
- Fiscalização na Energisa MS em resposta a Demanda Procon, Câmara Municipal de Campo Grande e Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.
- Fiscalização na Elektro em resposta a Demanda da OAB – Regional Três Lagoas.
- Fiscalização na Energisa MS em resposta a Demanda da Promotoria de Justiça Rio Brilhante.
- Fiscalização Energisa MS em resposta a Demanda Promotoria de Justiça Ribas Rio Pardo.
Plano Agepan x Aneel
Por demanda da Aneel após o monitoramento dos indicadores da distribuidora Energisa MS, que é a etapa inicial do novo modelo fiscalizatório, a Agepan realizou a Análise dos seguintes temas:
- Faturamento
- Religação
- Geração Distribuída
Para os temas Faturamento e Religação, a partir de indicadores de qualidade estabelecidos (Índice de Qualidade do Faturamento – IQF e Índice de Qualidade do Atendimento a Pedidos de Religação – IQR), foram classificados os municípios com indícios de problemas e selecionados conforme classificação de criticidade na prestação do serviço. A partir daí, a fiscalização exigiu da distribuidora a elaboração de um Plano de Resultados no qual foram detalhadas ações para a melhoria da qualidade do serviço.
Para o tema Geração Distribuída, que teve crescimento exponencial a partir de 2017 em Mato Grosso do Sul, foi verificado o desempenho da concessionária quanto aos procedimentos de acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica e o sistema de compensação de energia elétrica.
Geração
No modelo de Fiscalização Estratégica, todos os agentes de geração outorgados são monitorados por meio de indicadores de qualidade e desempenho. Em um segundo nível, usinas selecionadas passam por análise mais minuciosa dos indicadores, análise documental e solicitação de informações complementares, para avaliação qualitativa e quantitativa detalhada do empreendimento.
Caso a investigação não seja suficiente para apuração da adequação regulatória, os procedimentos da fiscalização se estendem a uma inspeção in loco, para a coleta de informações mais detalhadas e evidências de possíveis problemas para a formalização do processo de fiscalização.
Entre fevereiro e novembro de 2019 foram fiscalizadas em ações presenciais pela Agepan, em convênio com a Aneel, nove empreendimentos de geração de energia elétrica.
- PCH Indaiá Grande
- PCH Alto Sucuriú
- PCH Verde 4A
- UHE Assis Chateaubriand
- UHE Ponte de Pedra
- PCH Ponte Alta
- PCH Verde 4
- UHE São Domingos
- PCH Indaiazinho
Durante as vistorias foram exigidos dos empreendedores a atualização dos Planos de Segurança de Barragens (PSB) e respectivos Planos de Ação Emergencial (PAE). Os dados desses planos foram conferidos e ações presenciais foram realizadas para inspeção visual das barragens e das demais estruturas civis do empreendimento. As informações qualitativas obtidas tiveram o objetivo de identificar não conformidades, deteriorações ou anomalias que pudessem existir nas estruturas, para assegurar que as instalações estejam dentro dos níveis de segurança.
Gizele Oliveira