Cartão de crédito ainda é a principal forma de endividamento dos campo-grandenses
O “vilão” da história ainda é o cartão de crédito, apontado por 57,8% como o principal meio de endividamento
DÍVIDASCom a população mais tempo em casa neste período de pandemia, houve um crescimento no índice de pessoas com contas em atraso ou com dívidas parceladas em Campo Grande. O “vilão” da história ainda é o cartão de crédito, apontado por 57,8% como o principal meio de endividamento, seguido dos carnês, 29,1% e financiamentos de carro (14,1%) e casa (14,9%).
De acordo com o levantamento da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) aponta que em junho, 61% das famílias entrevistadas declararam ter dívidas como: cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, prestações de carro e seguros. O índice em maio era de 58,4%. Em relação às contas em atraso, o índice saltou de 31,3% a 33,2%. Em números inteiros, 33.747 pessoas declararam não ter condições de pagar.
Para a economista do Instituo de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio/MS (IPF-MS), Daniel Dias, apesar do aumento, o resultado ainda é menor pior comparado ao mês de abril. “Nos últimos dias percebemos resultados menos piores, na comparação, ao mês de abril, por exemplo, uma vez que houve redução da intensidade das quedas nos faturamentos das empresas e nas demissões. Além disso, podemos notar que o índice de pessoas que declaram que não terão condições de pagar suas contas se manteve praticamente estável, em 10,8%. Assim, apesar do aumento do número de endividados e daqueles que estão com contas em atraso, ainda sim temos indicadores com resultados menos negativos", avalia.
Em relação ao tempo de atraso, a maioria (33,5%) informa que as dívidas estão sem pagar há mais de 90 dias.