Morre Júlio Alves Martins um dos fundadores e figuras ilustres de Chapadão do Sul
Seo Júlio passou mal na fazenda e foi socorrido pelo corpo de Bombeiros e encaminhado ao Hospital Municipal, mas acabou falecendo, vitima de infarto
FALECIMENTOO comendador Júlio Alves Martins, de 91 anos, um dos fundadores e colonizadores de Chapadão do Sul morreu na tarde de hoje. Seu Júlio como era conhecido, passou mal em sua fazenda que fica as margens da MS 306. Ele foi socorrido pelo corpo de Bombeiros e encaminhado ao Hospital Municipal, mas acabou falecendo, vitima de infarto.O seu corpo deve ser sepultado na Fazenda Júlio Martins, no mausoléu construído naquela localidade.
Júlio nasceu em 19 de dezembro de 1928, em um sítio localizado no município de Ijuí, no Rio Grande do Sul. Aos 6 anos de idade, Júlio que era filho de uma norte-americana e de um gaúcho e o mais velho de nove irmãos, viu pela primeira vez um avião. Naquela época, ninguém poderia imaginar que ali se encontrava um futuro aviador, desbravador da área central do Brasil, fundador de uma cidade.
O menino cresceu no sítio, trabalhando duro na roça, alimentando-se das delícias preparadas por Maria Teresa, sua mãe, e ouvindo as histórias de Rosendo, seu pai, até que um dia, na virada de seus 18 anos, foi convocado para o serviço militar.
Entre 1951 e 1956, Júlio Martins e mais dez companheiros fundaram o Aeroclube de Frederico Westphalen. Com o Ministério da Aeronáutica cedendo aviões a aeroclubes em todo o país, esse empreendedor de cerca de 24 anos viu mais próximo de se tornar realidade o seu antigo sonho de voar.
Júlio Martins, com um olhar sempre à frente de seu tempo, passou a táxi aéreo no interior do Rio Grande do Sul.
Num desses voos, trazendo um cliente para ver umas terras no oeste do país, Júlio Martins aterrissa em pleno mato, numa região conhecida como Pouso Frio. Inicia-se ali um leva-e-traz de fazendeiros para examinar aquelas terras fecundas. Muitas vendas foram então intermediadas, até que o aerotaxista decide comprar o seu próprio pedaço de chão e por ali montar acampamento. Júlio era casado com Zilda Martins e deixa, quatro filhos; Julinê, Evalda, Loridani e Loiva netos e bisnetos.