Grupo "antifascista" com mais de 4 mil membros em MS planeja manifestação neste domingo
Chamado de “ANTIFAs CG MS" o grupo pretende realizar uma "manifestação contra o fascimo" neste domingo (7)
NAS REDES SOCIAISAssim como em diversos Estados do Brasil, um grupo chamado “ANTIFAs CG MS" no Facebook de Mato Grosso do Sul vai realizar uma "manifestação contra o fascimo" neste domingo (7) em Campo Grande. Criado no último fim de semana, o grupo hoje tem mais de 4 mil membros e mais de 250 publicações desde a criação. Na descrição diz: "Grupo de antifascistas de Campo Grande, MS. Aqui lutamos contra o fascismo e pela democracia".
“Contra fascinas não existe dialogo. A PM está a serviço do Estado genocida neste momento. Em vários estados do País onde houveram manifestações estão apanhando e sendo presos. Se alguém acha que vai sair de casa para se colocar contra o governo de forma pacífica e estar isento de tomar bala de borracha e bomba, acho melhor repensarem o título de antifascista... Usem outro nome, pois esse é inclusive perigoso para quem não sabe na real a atuação de um. Os nazi sabe bem. Anti é ação direta, não manifestação com cartazes”, diz uma integrante do grupo a favor da manifestação "Democracia, Vida e Legalidade" programada para este domingo.
Uma das postagens do grupo - Foto: Reprodução
“Tenho mais de 22 passagens. O que é mais uma pro currículo? Anos e anos sendo tirado pelo Estado e todo romantismo comercial. Chega! Estamos na rua há mais de 10 anos f$d*-se”, diz outro integrante.
O grupo já tem mais de 4 mil integrantes - Foto: Reprodução
Com o grupo aberto, alguns integrantes temem pela exposição. “Vocês criam um grupo público e aberto e estão surpresos de estarem sendo expostos na internet? É lógico que vocês vão ser expostos. É lógico que doentes da direita vão entrar para ver. Esse grupo precisa ser excluído agora mesmo e tudo isso vai ser fonte de imagens para eles usarem contra todos vocês”, diz.
No grupo, publicações como o “Manual do Guerrilheiro Urbano” de Carlos Marighella e links com os dados pessoais de Jair Bolsonaro estão disponibilizados para acesso.“Anti fascismo não é um grupo: é uma responsabilidade moral”.
A movimentação vai acontecer neste domingo (7) - Foto: Reprodução
Nacional - No último domingo, manifestações de apoio e de protesto aconteceram em diversas cidades do Brasil. Em Brasília, como tem ocorrido com frequência nos últimos domingos, centenas de pessoas, a maioria vestida de verde e amarelo, fizeram ato a favor do presidente. Em São Paulo, houve um protesto liderado principalmente por torcidas organizadas de times de futebol contra Bolsonaro, que terminou em confronto com a Polícia Militar. No Rio de Janeiro, houve manifestações contra e a favor simultaneamente e no mesmo local, em Copacabana.
Em São Paulo, centenas de manifestantes - a maioria ligada à torcidas organizadas do Corinthians - fizeram um ato na Avenida Paulista, vestidos de pretos, com gritos pela democracia e contra a ditadura e o fascismo. O Corinthians tem uma ligação história com a democracia, em razão do movimento liderado na década de 1980 por jogadores como Sócrates e Casagrande durante a ditadura militar e que foi lembrado no ato.
Publicação de uma das integrantes do grupo - Foto: Reprodução
Ao contrário de outras manifestações realizadas recentemente na avenida, houve confusão com a Polícia Miitar, que jogou bombas de gás e de efeito moral contra os participantes do ato no ponto próximo ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). Os manifestantes responderam atirando pedras, paus, latas e garrafas, além de colocar fogo em objetos – uma caçamba de lixo foi usada para bloquear a via. Ao menos três pessoas foram detidas.
Mundo - A onda manifestação ganhou força no mundo após a divulgação de um vídeo que mostra um homem negro sendo imobilizado por um policial branco com os joelhos em seu pescoço, em Minneapolis, nos Estados Unidos, e desde então uma onda de protestos começou no país em 25 de maio.