Unidades promovem ações educativas em alusão ao Dia Mundial Sem Tabaco
A data foi estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1987 como marco no combate ao tabagismo
SAÚDEUnidades de saúde de Campo Grande realizaram nesta semana diversas ações educativas para alertar a população quanto aos malefícios do fumo, em alusão ao Dia Mundial Sem Tabaco, lembrado neste domingo (31). A data foi estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1987 como marco no combate ao tabagismo.
Na USF Ana Maria do Couto os profissionais orientaram o usuários quanto à quantidade de substâncias tóxicas encontradas no tabaco e os riscos do consumo para a saúde, bem como sobre a possibilidade de tratamento na rede pública de Saúde.
Ação semelhante ocorreu na UBSF Indubrasil, onde a médica Luana Fraga Torres de Oliveira realizou uma palestra sobre o tema a pacientes que aguardavam consulta médica, e na USF Azaleia.
Em todas as ações estão sendo respeitadas as medidas de biossegurança, como o respeito ao distanciamento seguro e número limitado de pessoas, em razão da pandemia do coronavírus (Covid-19).
Tratamento
Em Campo Grande o tratamento para quem quer parar de fumar é ofertado nas unidades de saúde, por meio do Programa de Controle do Tabagismo, que segue o modelo do Ministério da Saúde estabelecido como Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), que tem como objetivo reduzir a prevalência de fumantes e a consequente morbimortalidade relacionada ao consumo de derivados do tabaco.
O atendimento à população que deseja parar de fumar inclui avaliação clínica, abordagem intensiva, chamada abordagem cognitivo-comportamental -, e caso necessário, terapia medicamentosa através de adesivo transdérmico e Cloridrato de Bupropiona, que são considerados medicamentos de 1ª linha.
Por conta da pandemia do Covid-19, alterações deverão ser feitas em relação ao acompanhamento de pacientes nas unidades. A recomendação é de que os pacientes sejam atendidos de maneira individual ou remota pelas unidades de referência.
Efeitos das toxinas no organismo
A dependência ocorre pela presença da nicotina nos produtos à base de tabaco. A dependência obriga os fumantes a inalarem mais de 4.720 substâncias tóxicas, como: monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína, além de 43 substâncias cancerígenas, sendo as principais: arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, chumbo, resíduos de agrotóxicos e substâncias radioativas.
Algumas dessas substâncias tóxicas também são conhecidas como potenciais irritantes, pois produzem irritação nos olhos, no nariz e na garganta, além de paralisia nos cílios dos brônquios. Desse modo, o tabagismo é causa de aproximadamente 50 doenças, muitas delas incapacitantes e fatais, como câncer, doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas.
A nicotina presente no cigarro, por exemplo, ao ser inalada produz alterações no sistema nervoso central, modificando assim o estado emocional e comportamental dos indivíduos, da mesma forma como ocorre com a cocaína, heroína e álcool. Depois que a nicotina atinge o cérebro, entre 7 a 19 segundos, libera várias substâncias (neurotransmissores) que são responsáveis por estimular a sensação de prazer que o fumante tem ao fumar. Com a inalação contínua da nicotina, o cérebro se adapta e passa a precisar de doses cada vez maiores para manter o mesmo nível de satisfação que tinha no início. Esse efeito é chamado de “tolerância à droga”. Com o passar do tempo, o fumante passa a ter necessidade de consumir cada vez mais cigarros. Com a dependência, cresce também o risco de se contrair doenças crônicas não transmissíveis, que podem levar à invalidez e à morte.