19 de fevereiro de 2020 - 15h00

Baile de carnaval reúne pessoas com deficiência e famílias no Rio

GERAL

O Centro Integrado de Assistência à Pessoa com Deficiência - Ciad Mestre Candeia, equipamento da Subsecretaria Municipal de Esporte e Lazer do Rio de Janeiro, realizou hoje (19) seu segundo baile de carnaval, com a participação de funcionários, alunos e seus familiares.

Segundo os organizadores, o baile de carnaval, que ocorre pela segunda vez no Ciad Mestre Candeia, é importante porque é uma festa que integra a família toda. Os alunos trabalham desde o começo do ano se preparando para o baile. Tem alunos que cantam e dançam e se preparam para o baile e, também, para o desfile de fantasias.

O baile é animada por marchinhas e samba enredo e conta com a participação de Lincoln Pereira e de Lu Rufino, mestre-sala e porta-bandeira da escola de samba Embaixadores da Alegria. A agremiação abriga pessoas com todo tipo de deficiência e há dez anos abre os desfiles do Grupo Especial do carnaval do Rio de Janeiro.

Referências

O subsecretário de Esporte e Lazer, Gustavo Freue, disse que no ano passado, o baile de carnaval foi “fantástico”. Em torno de 150 pessoas foram reunidas no local para brincar. Neste ano, a expectativa é que o baile reúna cerca de 200 pessoas. Os alunos participam de tudo. “Eles fazem as apresentações, eles escolhem as fantasias. São eles que cantam, lógico que com apoio”, disse. “É uma organização dos professores e coordenadores com os alunos”. 

Freue disse que duas pessoas são referência nesse segmento. Uma delas é o coordenador técnico do Ciad, Paulo Cruz. Outra é o coordenador administrativo Valdenio Borges, que é pai de um portador de Síndrome de Down, de 41 anos, também participante dos projetos do centro.

Borges disse que o trabalho feito no Ciad é atender as famílias que têm filhos deficientes. “A gente utiliza atividades físicas, culturais e de lazer para o desenvolvimento deles e das famílias”. Esse é o diferencial do Ciad, expôs Borges. As famílias participam de tudo. 

“Eles não vêm sozinhos. A maioria não tem autonomia. Quando a mãe chega aqui com eles, porque 90% são mães que trazem os filhos, a gente além de recebê-los cria várias atividades para que a família também entre nesse processo”. O coordenador administrativo disse que o trabalho dele com pessoas com deficiência começou quando seu filho nasceu. Em equipamentos da prefeitura do Rio, o trabalho de Borges teve início em 2001, quando foram construídas as vilas olímpicas que desenvolviam trabalho semelhante. No Ciad, o projeto começou em 2003, priorizando a parte lúdica.

Ricardo Maranhães participou do desfile de fantasias vestido do craque do Flamengo, Gabigol - Tomaz Silva/Agência Brasil