Com toques de humor, peças representam escolas da Reme no Fetran-MS
EDUCAÇÃOFalar sobre a importância de respeitar as regras de trânsito e conscientizar os futuros motoristas das consequências de cometer infrações exige seriedade, porém, quando o tema é abordado com um pitada de humor, o aprendizado pode ser mais eficaz.
As escolas que disputaram classificação para a etapa final nas categorias infanto-juvenil e infantil foram “Nagen Jorge Saad”, com as peças “A revolta das Emílias”, “Trânsito Contente” e “Brilha, brilha estrelinha”, “Irene Szukala”, que conquistou o terceiro o lugar na etapa com a peça “Epifania”, “Dr. Eduardo Olímpio Machado”, que apresentou a peça “Os aventureiros”, “Arlene Marques de Almeida”, com a peça “A desinformação para o trânsito” e “Lenita de Sena Nachif”, que levou o espetáculo “Na rua não se brinca e com a pipa não se arrisca”.
Descontração
Foi o caso da professora Renata Soares Angelosi, da escola “Nagen” , autora da peça “Brilha, brilha estrelinha”, que além de valorizar a cultura japonês, de obediência ás regras de trânsito, deu destaque ao depoimento do aluno Mattias Espíndola Coelho, 11 anos, que relatou o capotamento sofrido por ele e sua família quando ele tinha dez meses. “Se eu não estivesse na cadeirinha, não estaria aqui hoje, por isso acho importante participar da peça porque pude falar do que aconteceu comigo de verdade”, frisou.
A professora Renata disse ter ficado satisfeita com o resultado. “As crianças percebam que outras culturas têm essa educação para o trânsito que temos aqui também, mas para nós falta as pessoas executarem mais”, disse.
Para Kariny, que sonha em ser agente de trânsito, alertar sobre as questões relacionadas ao trânsito é importante inclusive, para os adultos. “Antes meu pai não usava cinto e eu falava sempre para ele usar. Agora ele não esquece mais”, afirmou.
A peça mostrava a visão de três pipas que, do céu, avistavam os motoristas cometendo falhas no trânsito e ainda tinham que enfrentar uma pipa com cerol. “Tivemos essa ideia porque nos bairros das grandes cidades ainda tem essa cultura de brincar na rua e soltar pipa, por isso acreditamos que é mais fácil passar a mensagem quando mostramos a realidade”, pontuou Liliane, que fez a plateia rir em diversos momentos com o diálogo das pipas.
O festival
Idealizado pela Polícia Rodoviária Federal, o Fetran ocorre desde 2010 e tem a proposta de promover educação para o trânsito por meio das artes cênicas. A ideia é formar cidadãos capazes de refletir sobre o contexto em que vivem e de atuarem como agentes transformadores para construção de um trânsito mais seguro.
Entre todos os inscritos, 19 peças serão selecionadas para a final que ocorrerá entre os dias 20 a 25 de outubro, em Campo Grande.