Karla Tatiane | 30 de setembro de 2019 - 10h00

Safra recorde de milho tem aumento de 64% e fecha em 12,16 milhões de toneladas em MS

Com isso, Mato Grosso do Sul se consagra como o terceiro maior produtor nacional de milho na safra 2018/2019

RECORDE
Isso é importante, pois o Estado está procurando aumentar a industrialização, focando na expansão da suinocultura, da avicultura, na implantação de fábricas de grãos secos de destilaria - Foto: Agência Paraná

As lavouras continuaram surpreendendo até o final da colheita do milho em Mato Grosso do Sul, que foi bem maior que as projeções iniciais. Com aumento de 19,88% na área plantada de um ano para outro, as boas condições do tempo provocaram uma alta significativa na produtividade que fechou em 12,16 milhões de toneladas, 64,39% maior que o volume colhido na safra anterior (7,84 milhões de toneladas). Com isso, Mato Grosso do Sul se consagra como o terceiro maior produtor nacional de milho na safra 2018/2019.

Os dados são do Projeto SIGA/MS, o Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio, implantado pela Secretaria de Estado Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar em parceria com entidades de produtores rurais. Além do aumento da área, o que contribuiu decisivamente para a safra recorde foi a produtividade, estimada em 88 sacas por hectare, mas que atingiu 93,24 sacas/ha, a melhor performance já registrada no Estado.

Isso é importante, pois o Estado está procurando aumentar a industrialização, focando na expansão da suinocultura, da avicultura, na implantação de fábricas de grãos secos de destilaria.

O bom desempenho das lavouras resulta da combinação de fatores: semeadura dentro da janela adequada e condições climáticas ideais para o desenvolvimento da lavoura. A ocorrência de geadas em julho não chegou a afetar significativamente porque a cultura já estava em fase de maturação. Provocou apenas danos isolados e específicos, cita o boletim do SIGA/MS.

Com a alta do dólar – que se mantém há dias acima de R$ 4 –, os impactos da febre suína asiática e desentendimentos comerciais entre os Estados Unidos e a China sustentam o preço da commodity elevado. Portanto, a tendência é de continuar crescendo a área do milho no Estado, o que pode levar a outra safra recorde no ano que vem, como preveem os técnicos do Projeto SIGA/MS.