"Criamos 14.659 novas vagas de emprego em MS nesse primeiro semestre", diz secretário especial do MS
Em entrevista, o Secretário Especial do Governo de Mato Grosso do Sul, Carlos Alberto de Assis, fala sobre os investimentos do Governo na capital
ENTREVISTAEm entrevista, o Secretário Especial do Governo de Mato Grosso do Sul, Carlos Alberto de Assis, fala sobre os investimentos do Governo na capital, o novo formato de seleção de moradias populares em MS com o primeiro sorteio público da história do estado, os desafios no projeto de modernização da máquina pública e o sucesso da campanha do agasalho dos servidores estaduais como o atendimento de 70 entidades.
O Governo realizou o processo de seleção de 602 moradias populares em um novo formato que surpreendeu a todos. Hoje o processo é mais transparente?
Sem dúvida! Realizamos o primeiro sorteio público da história do Mato Grosso do Sul. Mais de seis mil pessoas puderam acompanhar de perto na Escola Joaquim Murtinho o processo de seleção, de forma transparente, justa. Transmitimos ao vivo pelas redes sociais do Governo em uma live que atingiu 75 mil pessoas. Presenciamos histórias incríveis daqueles que foram comtemplados, mas também conversamos com todos aqueles que não foram sorteados mas que aprovaram o novo processo de seleção.
Secretário, falando um pouco de geração de emprego. MS tem investido bastante na política de desenvolvimento atraindo grande industrias para o Estado. Já é possível sentir o reflexo dessa política na vida do cidadão?
Sim, hoje para vocês terem uma ideia, a indústria da celulose já supera a atividade agropecuária. Criamos 14.659 novas vagas de emprego em MS nesse primeiro semestre. Só neste mês de junho, através do Fórum Deliberativo, aprovamos a implantação de quatro novas indústrias no estado, cujo investimento total previsto é de R$ 122,6 milhões. Uma fábrica de fertilizantes da Hinove Agrociência S.A., já em fase final de construção no município de Rio Brilhante. Uma unidade de Unir, Indústria e Comércio de Produtos de Higiene Ltda, em Três Lagoas, uma indústria de fabricação de calçados de material plástico, a Pé com Pé Calçados Ltda, que vai investir R$ 683 mil em uma unidade no município de Paranaíba e a Coleta Reciclagem e Gestão Plena de Resíduos S.A., que irá se instalar na capital com investimentos de R$ 1,5 milhão em fabricação de embalagens de material plástico.
Há poucas semanas o Governo reduziu o ICMS do combustível utilizado pela aviação. Na prática o que essa redução traz de benefício para o sul-mato-grossense?
Esse decreto dá um incentivo fiscal e diminuiu o custo das empresas aéreas que trouxerem voos a Mato Grosso do Sul. Isso vem em um bom momento, que é quando o Brasil abre o capital internacional para as empresas aéreas poderem trazer novos voos e se instalarem no Brasil. Agora temos um instrumento jurídico, que só foi convalidado a sete estados, que dá competitividade muito maior a Mato Grosso do Sul para atrair turistas, mas também baratear as passagens para as empresas que operam no Estado, além de incentivar o transporte de cargas.
Em pouco mais de seis meses da sua atuação à frente da Escritório de Gestão Política de Campo Grande já é possível perceber os investimentos do Governo do Estado na Capital. Faltava esse “carinho”?
Faltava essa “conexão” do Governo do Estado com a Capital. Hoje, nosso Governo está presente em praticamente todas as obras de infraestrutura da capital. Entre os investimentos do “Juntos por Campo Grande I e II” estão as obras de contenção do rio Anhanduí, na avenida Ernesto Geisel, orçada em R$ 48 milhões. O projeto inclui a recomposição das margens do rio Anhanduí, com a construção de muros de gabião e placas de concreto, a implantação de uma ciclovia, a construção de bocas de lobo para captar a enxurrada e a recomposição da pista. Também estão sendo realizadas com contrapartida do Governo do Estado, obras de drenagem e pavimentação de mais de 10 bairros (Nova Lima, Atlântico Sul, São Francisco, Bellinate, Jardim Seminário, Mata do Jacinto, Sírio Libanês, Vila Nasser, Jardim Anache e José Tavares do Couto), além da revitalização da Avenida Bandeirantes e dos corredores de transporte coletivo das ruas Bahia, Calógeras, Marechal Deodoro e Avenida Guri Marques, além de obras de recapeamento em toda cidade. Estamos presentes no Reviva Centro, na revitalização do Guanandizão e nos próximos dias estaremos inaugurando mais um grande complexo esportivo na região do Vila Almeida.
Mas o Governo não investia na capital?
Ao contrário. O Governador Reinaldo Azambuja sempre investiu na capital. E como eu disse, faltava efetivamente essa “conexão” com o campo-grandense. Entre 2015 e 2019, investimos R$ 722 milhões na capital. Entre as realizações, podemos citar obras emblemáticas como a conclusão do Hospital do Trauma, parado há mais de 20 anos e o término da construção do prédio para o campus da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), além da readequação das rotatórias da avenida Mato Grosso com Via Parque e da Costa e Silva com a Guri Marques. A Avenida Euler de Azevedo ganhou um layout moderno e o Núcleo Industrial foi revitalizado. Também concluímos obras do subsolo do Hospital do Câncer, além de investimentos em segurança e reformas de escolas. Obras estruturantes que facilitam a vida de quem mora na capital.
Hoje o déficit habitacional é de 80 mil moradias em Mato Grosso do Sul. Qual o planejamento da administração estadual para diminuir esse índice?
Até o final do mandato do Governador Reinaldo Azambuja vamos entregar 26 mil novas moradias no Estado. Em Campo Grande serão mais de cinco mil unidades habitacionais. E não vamos parar por aí. A Maria do Carmo, diretora-presidente da Agehab e o nosso Governador Reinaldo Azambuja, em conjunto com a bancada federal já estão em fase bastante adiantada na liberação de R$ 40 milhões para que possamos desenvolver novos projetos na área habitacional.
Cobertores para os 79 municípios e mais de 30 mil peças arrecadadas pelos servidores estaduais. Qual o segredo do sucesso da Campanha do Agasalho do Governo do Estado?
O grande espírito de solidariedade dos nossos servidores. Diferente de outras edições, esse ano nós pudemos sentir de forma muito intensa o envolvimento dos servidores. Além da doação, em muitos órgãos os colaboradores fizeram questão de embalar as peças, com carinho, com amor. Falando com você agora me vem muito forte a lembrança de uma embalagem que a mãe com todo carinho colocou seis, oito pares de meias de bebê. Sabe aquela embalagem delicada, feita com carinho porque ela sabia que aquelas peças iriam para uma outra mãezinha. Esse é o espirito dos nossos servidores. É por isso que ha cada ano, nossa campanha cresce, supera números, porque temos no governo pessoas que acima de tudo, desejam e trabalham pelo bem. Com a mobilização, conseguimos atender 62 entidades de todo estado.