Produção industrial recua em 9 dos 15 locais pesquisados em março ante fevereiro
ECONOMIAA produção industrial recuou em nove dos 15 locais pesquisados na passagem de fevereiro para março, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional, divulgados nesta quarta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Estado de São Paulo, maior parque industrial do País, registrou queda de 1,3%, a mesma variação verificada na média global da produção, que recuou 1,3% em março ante fevereiro, como informou o IBGE semana passada.
As quedas mais intensas foram no Pará (-11,3%) e na Bahia (-10,1%). Região Nordeste (-7,5%), Mato Grosso (-6,6%), Pernambuco (-6,0%), Minas Gerais (-2,2%) e Ceará (-1,7%) também tiveram baixas mais acentuadas do que a média nacional, segundo o IBGE. Amazonas registrou -0,5%.
Na contramão, Espírito Santo (3,6%), Rio de Janeiro (2,9%) e Goiás (2,3%) tiveram as maiores altas. As demais taxas positivas foram no Paraná (1,5%), Santa Catarina (1,2%) e Rio Grande do Sul (1,0%).
Na comparação com março de 2018, a queda de 6,1% na média nacional da indústria foi influenciada pela baixa em 12 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE. Em São Paulo, a queda foi superior à média, com recuo de 7,3%.
Os recuos mais intensos foram no Pará (-12,5%), Mato Grosso (-12,3%), Espírito Santo (-11,1%) e Amazonas (-10,8%), "pressionados pelos setores de indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto ou beneficiados), no primeiro local; de produtos alimentícios (carnes de bovinos frescas, refrigeradas e congeladas), no segundo; de celulose, papel e produtos de papel (celulose), indústrias extrativas (óleos brutos de petróleo) e produtos alimentícios (bombons e chocolates em barras, carnes de bovinos frescas, refrigeradas e congeladas e queijos), no terceiro; e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (televisores), no último", diz a nota divulgada pelo IBGE.
Além de São Paulo, Minas Gerais (-8,2%), Região Nordeste (-7,0%) e Bahia (-6,6%) também registraram taxas negativas mais acentuadas do que a média nacional, informou o IBGE. Ceará (-5,4%), Pernambuco (-4,4%), Rio de Janeiro (-1,4%) e Goiás (-1,1%) completaram o conjunto de locais com recuo na produção em março ante igual mês de 2018.
Na contramão, Rio Grande do Sul (3,4%), Santa Catarina (3,0%) e Paraná (2,4%) tiveram avanços na produção. Segundo o IBGE, a indústria na Região Sul foi impulsionada pelas atividades de bebidas (vinhos de uva, cervejas, chope e refrigerantes) e veículos automotores, reboques e carrocerias (carrocerias para ônibus e reboques e semirreboques), no Rio Grande do Sul. A indústria catarinense foi puxada pelas atividades de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (refrigeradores ou congeladores para uso doméstico e transformadores) e máquinas e equipamentos (silos metálicos para cereais).
Já a produção industrial do Paraná teve impulso de produtos alimentícios (açúcar cristal, carnes e miudezas de aves congeladas, rações e carnes de bovinos congeladas), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, gasolina automotiva e álcool etílico) e máquinas e equipamentos (máquinas para colheita).