PMI Composto cai de 53,1 em março para 50,6 em abril, mostra IHS Markit
ECONOMIAO índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) composto do Brasil caiu de 53,1 em março para 50,6 em abril, informou a IHS Markit nesta segunda-feira, 6. A queda foi resultado do pior desempenho do PMI de Serviços, que recuou de 52,7 para 49,9, e também do PMI industrial, que cedeu de 52,8 para 51,5 no mês passado, conforme foi divulgado na quinta-feira, 2. O PMI de serviços ficou abaixo da marca crítica de 50, que sugere expansão da atividade.
"Os dados do PMI para o setor de serviços reforçam a mensagem de um resfriamento na economia conforme o indicado pelos dados divulgados para o setor industrial em 2 de maio", sintetiza a economista da IHS Markit, Pollyanna de Lima.
A IHS Markit avalia que a queda do PMI de serviços foi consistente com a estagnação do volume de produção do setor no mês. Já a quantidade de novos trabalhos cresceu pelo sétimo mês consecutivo, mas com o menor ritmo desde outubro, se atenuando consideravelmente em relação ao pico de onze anos e meio observado em março, diz a IHS Markit.
Em abril, contudo, houve recuperação nos totais de venda, impulsionado pelo mercado interno, já que houve contração sólida de novos pedidos para a exportação. Quanto ao nível de emprego, as empresas do setor de serviços no Brasil registraram redução no período.
Os preços de insumos aumentaram no ritmo mais rápido em cinco meses, superando a média de longo prazo da pesquisa. Assim, alguns provedores de serviços elevaram seus preços para tentar manter as margens de lucro, mas a taxa de inflação se atenuou ante a março.
Os empresários mantiveram-se otimistas de que a atividade aumentará nos próximos 12 meses, mas o grau de otimismo caiu, atingindo um recorde de baixa em dez meses.
"Preocupações com as políticas do governo, privatizações e falências estiveram entre os fatores que restringiram o grau de sentimento positivo", afirma a instituição.