Da Redação | 15 de abril de 2019 - 09h34

Sete em cada dez consumidores devem ir às compras na Páscoa de 2019, aponta levantamento CDL/CG

A expectativa é de que 113,2 milhões realizem gastos na data; 86% farão pesquisa de preços e 41% acreditam que produtos estão mais caros este ano. Gasto médio das compras será de R$ 196

VAREJO
A pesquisa ouviu inicialmente 800 consumidores de ambos os gêneros, acima de 18 anos e de todas as classes sociais nas 27 capitais do país para identificar o percentual de pessoas com intenção de gastar na Páscoa - Foto: Ilustração

A Páscoa já faz parte do calendário da maioria dos brasileiros e promete movimentar o comércio no segundo trimestre. Um levantamento realizado pela CDL/CG (Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em todas as capitais do país aponta que sete em cada dez (72%) consumidores pretendem ir às compras no período. Desses, 35% disseram que vão desembolsar a mesma quantia do ano passado, 32% devem gastar mais e 25% menos. O valor do tíquete médio será de R$195,52.

Para os que esperam ter um aumento de gastos este ano, a principal justificativa está relacionada à intenção de compras de um volume maior de produtos (41%). Outros 25% atribuem ao fato de os itens estarem mais caros e 19% afirmam que os itens estão com bom preço e, portanto, aproveitarão a oportunidade.

A sondagem também mostra que 43% dos consumidores irão adquirir a mesma quantidade de produtos da Páscoa de 2018, 41% desejam comprar mais e 11% menos. Em média, a expectativa é de que os consumidores comprem seis produtos. Os principais presenteados serão os filhos (59%), os cônjuges (42%), a mãe (41%) e os sobrinhos (33%). Já 27% vão presentear a si próprios.

"Estamos oferecendo diversas iniciativas para que o lojista se aprimore e tenha mais atrativos para trazer o cliente nos períodos festivos. Além de cursos, temos consultorias e soluções empresariais", explica o presidente da CDL/CG, Adelaido Vila. 

“Mesmo que a economia venha se recuperando de forma mais lenta do que o esperado, as vendas nesta Páscoa podem aquecer o varejo. Esse é o momento de o setor investir em promoções para atrair os consumidores, de olho naqueles que pretendem comprar mais e, sobretudo, nos que ainda não se decidiram ”, avalia o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

Considerando aqueles que não pretendem ter despesas relacionadas a presentes ou ovos de Páscoa e chocolates, 23% disseram que irão priorizar o pagamento de dívidas. Já 21% mencionaram que estão desempregados e, por essa razão, não devem sair às compras. Há ainda os que não gostam ou não têm o costume de presentear na Páscoa ou mesmo comemorar a data, o que correspondem a 16% dos entrevistados da amostra.

“O consumidor brasileiro vem aprendendo que para conquistar uma vida financeira saudável, o segredo é administrar bem o orçamento. Evitar comprar logo na primeira loja e buscar preços que caibam no bolso são atitudes inteligentes. Outra dica é se planejar com antecedência, usar a internet para pesquisar e só tomar decisões depois de ter comparado os preços praticados em vários lugares”, orienta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Questionados sobre a forma como planejam pagar suas compras de Páscoa, 78% dos consumidores disseram que farão à vista, seja em dinheiro (66%) ou no débito (28%). Outros 43% irão pagar a prazo, sendo que 20% usarão o cartão de crédito em parcela única, enquanto 23% preferem o cartão de crédito parcelado. Dentre os que optarão pelo parcelamento, a média será de quase quatro prestações.

No momento de ir às compras, os fatores que pesam na escolha do brasileiro não são diferentes daqueles utilizados na maioria das situações de consumo. Ao escolher o local de compras, as pessoas estão em busca de melhores preços (51%), qualidade dos produtos (48%), promoções e descontos (42%) e diversidade de produtos (29%). Entre os principais locais pretendidos para as compras estão supermercados (62%), grandes varejistas (45%) e lojas especializadas em chocolates (40%). O levantamento aponta ainda que para 41% dos consumidores, os preços dos produtos estão mais caros este ano.

Além disso, o mercado artesanal de ovos e outros produtos de chocolate também divide as atenções do brasileiro, ao oferecer atributos como a personalização e até preços mais competitivos, em comparação às marcas tradicionais. Dessa forma, ainda que 84% dos entrevistados pretendam adquirir itens industrializados, uma parte significativa menciona os chocolates artesanais (48%) — que aumenta para 58% entre os mais jovens.

A pesquisa ouviu inicialmente 800 consumidores de ambos os gêneros, acima de 18 anos e de todas as classes sociais nas 27 capitais do país para identificar o percentual de pessoas com intenção de gastar na Páscoa. Para avaliar o perfil de compra, foram considerados 601 casos da amostra inicial. A margem de erro no geral é de 4,0 pontos percentuais, a um intervalo de confiança de 95%.