Para atender advogados, Jucems ajusta 'registro digital' a pedido da OAB-MS
A partir da implantação do novo modelo, atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas só estavam sendo registrados na Jucems por meio de “contratos padrões”, sem flexibilização na confecção de suas cláusulas.
REGISTRO DE EMPRESASDiante do crescente número de reclamações de advogados de MS, com relação ao novo Sistema de Registro Mercantil que implementou o “Registro Digital”, a Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS), solicitou à Junta Comercial para que respeitasse as prerrogativas da advocacia na elaboração de contratos sociais.
A partir da implantação do novo modelo, atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas só estavam sendo registrados na Jucems por meio de “contratos padrões”, sem flexibilização na confecção de suas cláusulas.
A Junta Comercial de Mato Grosso do Sul (Jucems) atendeu o pedido da entidade, e alterou o novo "registro digital" do Sistema de Registro Mercantil que obrivaga o usuário a preencher "contratos padrões" de pessoas jurídicas, não permitindo aos advogados construir seus próprios textos. Conforme o secretário-geral da Seccional da Ordem, Stheven Razuk, a padronização fere o direito da "autonomia da vontade" e da "liberdade contratual", e colide com valores, princípios e regras constitucionais, engessando a atuação dos advogados, violando suas prerrogativas profissionais.
"A advocacia tem liberdade de redação, podendo construir textos com os vocábulos e verbos que melhor atendam suas interpretações do sistema jurídico, para eliminar obscuridades e beneficiar seus patrocinados", disse Razuk, que agradeceu aos dirigentes da Jucems ter ajustado o sistema na semana passada, atendendo a advocacia.