Prefeitura apresenta documento sobre violência que norteará políticas públicas para as mulheres
MULHERA Subsecretaria de Políticas para a Mulher (SEMU) realizou um mapeamento para levantar informações qualitativas e quantitativas sobre a violência contra a mulher em Campo Grande. O documento “Mapeamento da Violência em Campo Grande” revela dados importantes, que servirão de fonte de consulta para embasar a formulação das políticas públicas para a mulher. Os resultados foram apresentados nesta quarta-feira (13), na Secretaria de Políticas Públicas para a Mulher (SEMU).
“Esta é a primeira pesquisa científica realizada na cidade que se refere aos diferentes tipos de violência contra as mulheres e ajuda a traçar um perfil socioeconômico daquelas que já sofreram ou sofrem algum tipo de violência. Ele nos ajudará a elaborar políticas públicas que tenham mais a ver com a nossa realidade”, enfatizou a subsecretária de Políticas para a Mulher, Carla Stephanini.
De acordo com Crisrober Silva, um dos responsáveis pela pesquisa, o mapeamento foi baseado não somente em dados estatísticos dos órgãos oficiais, mas também foram ouvidas mulheres da comunidade, muitas as quais nunca apresentaram nenhum tipo de
denúncia.
Segundo o mapeamento, no ano de 2017, o perfil da mulher com maiores percentuais de violência é da região de Anhanduizinho. A média de idade é de 30 e 59 anos, com renda própria e regular com vínculo. Alem disso, a pesquisa ainda informa que a violência mais citada pelas entrevistadas, considerando ao longo de suas vidas, é a psicológica.
“A Patrulha atende mulheres que já possuem medidas protetivas de todas as classes sociais e diferentes idades. Ultimamente, temos visto o aumento do número de violência patrimonial. Muitas mulheres não denunciam por vergonha, dependência psicológica ou financeira. Porém, a gente procura incentivar as denúncias, até de terceiros. Basta ligar no 180,” afirmou Nélis.
O Mapeamento foi financiado com recursos de convênio celebrado com o Governo Federal e em breve estará disponível de forma online.