André Ítalo Rocha e Antonio Perez | 08 de março de 2019 - 17h34

Data para apresentar PL de militares está mantida, diz Rogério Marinho

Segundo Marinho, a proposta deverá começar a ser analisada na próxima semana pelas consultorias jurídicas das três forças armadas e, em seguida, passar por uma validação no Ministério da Economia

ECONOMIA
Marinho diz que houve uma mudança na percepção dos parlamentares a respeito da reforma da Previdência em relação ao projeto apresentado pelo governo do ex-presidente Michel Temer - Foto: Divulgação

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, reiterou nesta sexta-feira, 8, em entrevista para a rádio Jovem Pan, que a data final para entrega do projeto que altera as regras para aposentadoria dos militares é 20 de março.

Segundo Marinho, a proposta deverá começar a ser analisada na próxima semana pelas consultorias jurídicas das três forças armadas e, em seguida, passar por uma validação no Ministério da Economia. "Aguardamos que até o dia 20 de março o projeto seja entregue. Não alteramos essa projeção. Se o projeto for validade antes internamente, poderá ser apresentado antes", disse Marinho.

Marinho disse que o projeto para os militares, embora ainda não definido, tem algumas premissas, como aumento do tempo de contribuição de 30 anos para 35 anos, cobrança de contribuição dos pensionistas e aumento de 3% de alíquota dos militares que estão na ativa. "Essas são premissas. Alguns conceitos só serão consolidados depois que o presidente assinar o projeto", disse o secretário.

Parlamento

Marinho diz que houve uma mudança na percepção dos parlamentares a respeito da reforma da Previdência em relação ao projeto apresentado pelo governo do ex-presidente Michel Temer.

"Tenho absoluta confiança no parlamento brasileiro. Passei três mandatos e hoje o clima é completamente diferente do que ocorreu na ocasião da proposta anterior", disse Marinho, destacando que recebeu a visita de cerca de 40 parlamentares dispostos a contribuir com a reforma da previdência. "Vários deputados vêm pedindo a possibilidade de ser relator do projeto. No projeto anterior, havia dificuldade em relação a quem queria assumir a relatoria".

Segundo Marinho, há um esforço dos parlamentares para entender as mudanças no relacionamento com o governo, dado que houve uma "ruptura" no processo político com a eleição de um presidente sem apoio dos partidos tradicionais. "Deputados querem entender a regra do jogo. É um Congresso novo com um governo novo. Haverá convergência", disse.

Marinho elogiou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, a quem atribuiu um "viés reformista", e também o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. "Acredito muito no espírito público do parlamento brasileiro. O Rodrigo será importante nesse processo junto a Câmara Federal", disse.