BC: gasto com juros pelo setor público consolidado mais do que dobrou em novembro
ECONOMIAO gasto com juros da dívida do setor público consolidado mais do que dobrou em novembro, quando somou R$ 35,029 bilhões, após esta despesa ter atingido R$ 13,905 bilhões em outubro, informou nesta sexta-feira, 28, o Banco Central (BC).
O governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) teve no mês passado despesas na conta de juros de R$ 28,727 bilhões. Já os governos regionais registraram gasto de R$ 5,830 bilhões e as empresas estatais, despesa de R$ 472 milhões.
No ano até novembro, as despesas com juros somaram R$ 352,275 bilhões (5,64% do PIB).
Em 12 meses, as despesas com juros atingiram R$ 385,594 bilhões até novembro (5,64% do PIB).
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) caiu para 53,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em novembro, ante 53,6% em outubro. A dívida do governo central, governos regionais e empresas estatais terminou o mês passado em R$ 3,644 trilhões.
Já a dívida bruta do governo geral encerrou o mês passado em R$ 5,284 trilhões, o que representa 77,3% do PIB. Em outubro, essa relação estava em 77,0%. No melhor momento da série, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,54% do PIB.
A dívida bruta do governo é uma das principais referências para avaliação, por parte das agências globais de rating, da capacidade de solvência do País.
Déficit nominal
O setor público consolidado registrou um déficit nominal de R$ 50,631 bilhões em novembro. Em outubro, o resultado nominal havia sido deficitário em R$ 6,107 bilhões e, em novembro de 2017, deficitário em R$ 30,038 bilhões.
No mês passado, o governo central registrou déficit nominal de R$ 45,799 bilhões. Os governos regionais tiveram saldo negativo de R$ 3,822 bilhões, enquanto as empresas estatais registraram déficit nominal de R$ 1,010 bilhão.
No ano até novembro, há déficit nominal correspondente a 6,71% do PIB, com saldo de R$ 419,400 bilhões. Em 12 meses até o mês passado, o déficit nominal correspondeu a 7,10% do PIB, com saldo negativo de R$ 485,041 bilhões.