19 de dezembro de 2018 - 16h22

Mudanças nas loterias poderão triplicar fundo para segurança pública

ECONOMIA
Arquivo Agência Brasil

O novo marco regulatório do setor de loteria e a privatização da Lotex – empresa que explora as raspadinhas – poderão triplicar a arrecadação dos jogos destinada ao Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), disse hoje (19) o secretário de Acompanhamento Fiscal, Energia e Loteria do Ministério da Fazenda, Alexandre Manoel Ângelo da Silva. Desde a aprovação da Medida Provisória 846, o fundo está autorizado a receber até R$ 1 bilhão por ano da arrecadação das loterias.

Segundo Silva, o montante poderá chegar a R$ 3 bilhões por ano com a nova legislação para o setor de loterias e com o leilão da Lotex, marcado para fevereiro. Baseado nas consultas públicas para o edital da privatização, que será executada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o secretário informou que existem três operadoras interessadas em disputar a compra da Lotex.

De acordo com o secretário, o setor de loterias no Brasil poderá ampliar a participação na economia dos atuais 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) para algo entre 0,5% e 1% do PIB nos próximos anos, percentual observado em países com o nível de renda do Brasil. No ano passado, as loterias geraram arrecadação de R$ 14 bilhões, dos quais R$ 6 bilhões financiaram políticas públicas. Os repasses sociais, onde está incluído o FNSP, poderão subir para R$ 10 bilhões anuais com as mudanças no setor.

A secretária executiva do Ministério da Fazenda, Ana Paula Vescovi, disse que o setor de loterias tem grande potencial de crescimento no Brasil. Segundo ela, a sociedade ganha com a parceria entre o setor público e privado, à medida que a nova lei que regulamenta o setor assegura a destinação de parte da arrecadação das loterias para políticas públicas como esporte, cultura e segurança.