Ceinf Tia Eva resgata histórias da comunidade e valoriza cultura afro-brasileira
EDUCAÇÃOA herança africana na cultura brasileira foi o tema dos trabalhos apresentados na tarde desta quarta-feira (21) pelos alunos do Ceinf Tia Eva, localizado na comunidade quilombola que leva o mesmo nome da unidade.
O evento foi alusivo às comemorações que marcam a Semana da Consciência Negra. Da creche a pré-escola, as crianças apresentaram atividades artísticas e culturais e exposições de trabalhos e desenhos que remeteram à cultura afro-brasileira, além de degustarem pratos típicos do povo africano.
O superintendente das Políticas Educacionais da Rede Municipal de Ensino (Reme), Waldir Leonel, explicou que o resgate cultural é um trabalho importante dentro das unidades e que acontece ao longo do ano.
“Essa ação de trabalhar em apenas um dia é só um processo, de culminância de algo desenvolvido durante o ano. Levantou todo aspecto cultural de toda uma comunidade.
As ações ainda contaram com apresentação de roda de capoeira e até com exposição de plantas de origem africana.
“Decidimos começar valorizando a cultura local e o legado deixado pela Tia Eva. Como estamos inseridos em uma comunidade quilombola, também temos o trabalho de resgatar essa cultura, incentivando respeito racial desde cedo entre as crianças”, disse a diretora.
No primeiro semestre também foi trabalhada a influência da musicalidade e da culinária africana e já no segundo semestre, os alunos receberam a visita do artista plástico Pablo Oliveira que fez parte da comunidade e falou sobre sua trajetória de vida e expôs suas obras, que são produzidas em um espaço cultural próximo a unidade escolar.
“É essencial que essa temática seja trabalhada desde a Educação Infantil. Esse projeto impulsionou mudanças significativas no cenário escolar, articulando o respeito e o reconhecimento a diversidade étnica racial com a qualidade social da educação”, pontuou a diretora.
Para o presidente da Associação dos Descendentes da Tia Eva, Eurídes Antônio da Silva, a realização do evento valoriza os alunos e resgata a origem da comunidade.
“É um ato social e cultural importante porque mostra para as crianças o orgulho que temos de nossa matriarca”, enfatizou.