Corte de gastos para alavancar economia é proposta de presidenciáveis
ECONOMIACom a defesa do corte de gastos, aumento de investimentos e geração de empregos, os candidatos à Presidência da República participaram nesta segunda-feira (6) do evento O Futuro do Brasil na Visão dos Presidenciáveis 2018. O encontro foi promovido pela Coalizão pela Construção, que reúne 26 entidades representativas da indústria da construção, e teve como objetivo ouvir as propostas dos presidenciáveis para o setor.
Álvaro Dias (Pode), Ciro Gomes (PDT) e Henrique Meirelles (MDB) estiveram presentes na parte da tarde, e além de uma apresentação inicial, responderam a perguntas de integrantes do grupo de empresários e do mediador dos debates. Mais cedo, foi a vez dos proponentes ao Palácio do Planalto Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin (PSDB).
A organização do evento informou que foram chamados os candidatos mais bem colocados nas pesquisas de intenção de votos, além do candidato do MDB, Henrique Meirelles, pela representatividade do partido. O candidato Jair Bolsonaro (PSL) alegou problemas de agenda e não compareceu. O PT não foi convidado, pois o candidato Luiz Inácio Lula da Silva está preso em Curitiba.
Álvaro Dias defende redução de juros para atrair investimentos
Para o candidato do Podemos, Álvaro Dias, o Brasil precisa recuperar a credibilidade, melhorar o ambiente de negócios e reduzir taxas de juros para que se torne mais atrativo para investimentos.
Álvaro Dias criticou escândalos de corrupção e disse que quanto pior é a imagem de um país nesse quesito, menos investidores apostam nele.
Em resposta às demandas dos presentes no evento, o candidato disse que o “único setor com capacidade imediata de produzir empregos” é o da construção.
Ciro Gomes criticou diversas vezes a concentração do sistema bancário do país e defendeu que o próximo presidente faça com que a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil saiam do “cartel” e sejam forçados a competir. “No Brasil, de forma absolutamente irresponsável, permitimos que nos últimos 15 anos, 85% das transações financeiras do nosso país se concentrem em cinco bancos, dois dos quais estatais”, disse.
Citando Espanha e Itália como modelos, o candidato pedetista disse que pretende elaborar metas para o Brasil para os próximos 30 anos. O objetivo seria se equiparar a nações com melhores indicadores socioeconômicos, como renda per capita e mortalidade materno-infantil.
“Eu quero apresentar explicitamente uma meta de criar dois milhões de empregos no primeiro ano. O Brasil precisa se reindustrializar. O mais rápido de todos setores é a construção civil. Você tem hoje uma montanha de dinheiro de exigibilidade do FGTS que estão estocados na especulação financeira por incapacidade na formulação de projetos e excessiva burocracia da União”, disse.
Meirelles pretender manter concessões à iniciativa privada
Com foco em pilares econômicos e de geração de empregos, Henrique Meirelles, candidato pelo MDB, fez um discurso em defesa de reformas “fundamentais”, como a da Previdência que, segundo ele, auxiliarão o Brasil a reduzir despesas públicas primárias.
“A primeira é diminuir o tamanho do Estado”, disse, citando também a tributária e a manutenção de outras reformas feitas no governo Michel Temer, como a trabalhista e o teto de gastos.