Acolhimento familiar marca festividades do Dia das Mães nas escolas da Reme
EDUCAÇÃOA presença não apenas das mães, mas da maioria dos membros das famílias dos alunos que estudam nas unidades da Rede Municipal de Educação (Reme) deu o tom das festividades do Dia das Mães que ocorreram durante todo o sábado em diversos Ceinfs e escolas municipais.
Apesar da maioria dos números artísticos terem sido pensados pelos professores para homenagear a mães, a mensagem tocou também os avós, tios, amigos e pais dos alunos, que se emocionaram a cada apresentação.
A elaboração das homenagens ficou a cargo da direção das escolas, que tem liberdade para organizaras festividades de datas comemorativas. No entanto, professores, direção e coordenadores vêm buscando aproveitar momentos como o Dia das Mães, para reunir toda a família dos estudantes, garantindo o acolhimento das crianças criadas por outros familiares.
“É preciso ter o cuidado para que todos se sintam incluídos e amados”, ressalta a diretora Tânia Vital da Silva, da escola Fauze Scaff Gattass Filho, no bairro Vila Nova Campo Grande.
Na escola, as famílias dos 1.080 alunos assistiram a 17 apresentações, que envolveram crianças da Educação Infantil ao 7º ano. Foram números de dança, música e declamações de poesias.
“Foi muito emocionante. Já na entrada percebíamos a ansiedade das famílias para saber o que os filhos, netos e sobrinhos iriam apresentar”, conta a diretora Tânia Vital da Silva.
Mas a emoção não era apenas das famílias. Os alunos também tiveram alegria redobrada ao ver toda a família prestigiando os números ensaiados durante a semana. “Fiquei muito feliz e meus pais até choraram”, conta Luisa Maria Justino, aluna do 2º ano.
Já a Manuela Ribeiro Alécio, também do 2º ano, não economizou no convite e levou a mãe, irmãos, sobrinhos, primos e cunhados, que registraram cada momento da sua apresentação musical.
Foi o que fez a família dos irmãos Gabriel e Vinícius, do 7º ano e Felipe, do 2º. A mãe dos meninos, a dona de casa Leila Pereira, ficou feliz em ver todos os familiares reunidos, ao invés da escola fazer um convite só para as mães. “Senti-me importante do mesmo jeito e fiquei feliz em ver todos prestigiando”, ressaltou.
Na escola Virgílio Alves de Campos, na Mata do Jacinto, as famílias dos 610 alunos também tiveram um acolhimento especial e lotaram a unidade para conferir os 19 números de música, balé, elaborado pelos professores do Deac (Divisão de Esporte, Arte e Cultura) da Semed.
O cuidado com a inclusão foi tanto, que toda a festa foi traduzida em Libras (Língua Brasileira de Sinais) para que os pais com surdez também pudessem sentir a mesma emoção dos demais.
“Trabalhamos a temática das mães durante a semana com o cuidado de ressaltar que existem núcleos familiares onde os pais, avós e tios fazem o papel da mãe e que tem a mesma importância”, explicou a diretora Eliane Alves de Rezende.
Ela afirma que na semana que antecedeu a festa trabalhou o tema com atividades pedagógicas e muita conversa com os pequenos da Educação Infantil. “Foi ótimo porque se expressaram através de desenhos e histórias, podendo falar sobre suas famílias”, disse.
A comunidade próxima a escola Antônio Lopes Lins, no Portal Caiobá, também compareceu em peso para prestigiar os 2,2 mil alunos que levaram ao palco apresentações de coral, balé e música. “É um dia para promover a interação entre escola e família, contou o diretor Adão Almiron.
Já no Ceinf Professor Ayd Camargo Cesar, no Parque Lageado, o dia foi exclusivamente para as crianças aproveitarem a presença os familiares na escola, sem fazer menção ao Dia das Mães. Aproveitando as comemorações alusivas ao Dia da Família na escola, que vem sendo festejado desde o final do mês passado. A direção do Ceinf organizou atividades como apresentações culturais e palestras, que valorizaram os diversos núcleos familiares.
A diretora Maria Ocenilde da Costa conta que a equipe pedagógica da unidade tem o propósito de inserir a família em todas as atividades do Ceinf. “É importante a comunidade caminhar junto com a escola porque ajuda até a trabalhar a disciplina dos alunos, além de contribuir com a construção do nosso projeto pedagógico”, afirmou a diretora.
Durante todo o sábado, a comunidade pode assistir palestras sobre saúde e apresentações artísticas dos alunos, mas sem enfatizar a questão do Dia das Mães. “É um dia para todos”, pontuou Maria Ocenilde.
A iniciativa teve a aprovação do aposentado João Ramos da Silva, avô da pequena Maria Clara, de três anos. “Sinto-me satisfeito com o trabalho desenvolvido aqui, sempre fomos muito bem atendidos. É importante ver a escola aberta para todos”, concluiu.