Implantação do Registro de Identidade Civil (RIC) precisa ser imediata
O projeto que visa centralizar todos os documentos de identidade dos brasileiros em um único número de registro já é lei devidamente regulamentada e em vigor, mas a sua implantação precisa de continuidade
DIREITOS DO CIDADÃOSegundo o presidente executivo da ABRID, Célio Ribeiro, o registro único é o caminho seguro para a diminuição de fraudes e para um impulso no crescimento da indústria de identificação digital no Brasil
O risco de ser vítima de fraudes e golpes que envolvem o roubo de identidade é iminente: segundo a Serasa Experian, a cada 17 segundos um brasileiro sofre uma tentativa de fraude. Para o presidente executivo da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia em Identificação Digital (ABRID), Célio Ribeiro, uma solução que pode minimizar o problema já existe: o Registro de Identidade Civil (RIC).
“Temos condições de efetivar esse projeto rapidamente. A indústria de identificação digital acreditou e investiu pesado em equipamentos, construção, ampliação e modernização de plantas no Brasil, além de qualificar e treinar pessoal para a execução desse projeto”, afirma o presidente executivo da entidade.
O projeto que visa centralizar todos os documentos de identidade dos brasileiros em um único número de registro já é lei devidamente regulamentada e em vigor, mas a sua implantação precisa de continuidade. O Registro de Identidade Civil (RIC) é um documento em forma de cartão com chip semelhante aos de cartão de crédito, que centraliza e armazena dados biométricos e as informações pessoais do usuário.
“O RIC objetiva a identificação unívoca e inequívoca das pessoas e é um projeto que teve enorme apoio popular, com vantagens comprovadas, sem qualquer tipo de invasão à privacidade das pessoas”, afirma Ribeiro, que acrescenta ainda os benefícios do registro único: “deixaríamos de ter os famosos “laranjas” ou “fantasmas”. Não teríamos pessoas mortas ou que não existem recebendo valores da Previdência e benefícios dos programas de governo. Também seria evitado, por exemplo, que eleitores que não existem votassem em candidatos nas eleições”.
Indústria de identificação digital - Para Ribeiro, embora o setor de identificação digital e biometria no Brasil tenha avançado nos últimos anos, trata-se ainda de um mercado incipiente. “Espero que, em 2017, tenhamos a retomada de importantes projetos que, com certeza, trarão segurança à população, credibilidade ao governo e, consequente, aceleração na indústria de identificação digital”, afirma. Segundo ele, ainda que as empresas brasileiras venham ganhando significativo espaço no mercado de identificação digital, é preciso a implantação de muitas políticas de incentivo à pesquisa para o desenvolvimento local de soluções tecnológicas voltadas ao setor.
A implantação do RIC, a indústria voltada ao segmento e as frentes de atuação da associação serão alguns dos assuntos abordados na palestra “Os desafios da identificação digital’, ministrada pelo presidente executivo da ABRID, Célio Ribeiro. A apresentação integra o módulo de segurança corporativa do VI Seminário de Segurança LAAD, a ser realizado paralelamente à feira LAAD Defence & Security 2017. O evento, que acontece de 04 a 07 de Abril, no Riocentro, Rio de Janeiro, conta com o apoio institucional da ABRID e de outras importantante entidade das áreas de segurança e defesa.
“A LAAD é uma grande ocasião de mostrar e ver os avanços tecnológicos dos setores de defesa e segurança. Mas, mais do que tudo isso, nos dá a oportunidade de juntar forças, de agregar opiniões e experiências de pessoas do bem, para enfrentar os desafios de manutenção de um mundo seguro para se viver”, ressalta Ribeiro.
Alguns outros temas que serão abordados no módulo de segurança coorporativa do VI Seminário de Segurança LAAD são ”Estratégias de prevenção de danos e ataques nocivos em infraestruturas críticas” e “Questões atuais em cibersegurança corporativa”. A programação completa do pode ser acessada no endereço: http://www.laadexpo.com.br/files/forms/vi-seminario-seguranca-laad-2017.pdf.