Heroi do Atlético Nacional diz que vibração foi resposta a insulto racista
Orlando Berrío marcou aos 49 minutos do segundo tempo para garantir a vitória por 3 a 1
FUTEBOLOrlando Berrío marcou aos 49 minutos do segundo tempo para garantir a vitória por 3 a 1 contra o Rosario Central e classificar o Atlético Nacional para as semifinais da Libertadores, mas a comemoração não foi apenas festa. O jogador do time de Medellín vibrou gritando na cara do goleiro Sosa, o que desencadeou uma briga e acabou em sua expulsão. Arrependido por ter levado o cartão vermelho, o atacante reconheceu que errou, mas disse que era uma resposta a provocações do adversário que envolviam até um possível racismo.
- Comemorei o gol como desabafo por algumas situações que aconteceram antes. Tinha o grito engasgado, não devia ter feito isso, mas foi a maneira de desabafar. Só me resta levantar a cabeça e reconhecer que me equivoquei. Quando dizem algo de sua cor, a verdade é que ninguém se aguenta – afirmou Berrío, de acordo com o site argentino Infobae.
Logo após o gol da classificação, Berrío e Marlos Moreno se abaixaram para gritar na cara de Sosa, que seguiu sentado no gramado, sem reação. Quem reagiu foi Musto, que tentou agredir o adversário e iniciou a confusão generalizada. Perguntado mais sobre a confusão e desentendimento com Sosa, Berrío preferiu não entrar em mais detalhes, mas destacou que informou ao quarto árbitro sobre o que o goleiro tinha falado.
- Já disse. O goleiro me disse algo, eu contei ao quarto árbitro, e me disse que não escutou, me pediu desculpas, mas eu sei o que digo. Não estou feliz pela minha reação, porque deixei meu time com um jogador a menos, mas assumo minha responsabilidade.
Sem Berrío ao menos no jogo de ida, o Atlético Nacional enfrenta o São Paulo nas semifinais da Libertadores. Na outra semi, o Boca Juniors irá encarar o vencedor do confronto entre Pumas e Independiente del Valle.