Recurso é negado pelo Tribunal e Bumlai é mantido preso
Bumlai foi preso na 21ª fase da Lava Jato em 25 de novembro do ano passado.
LAVA JATOO habeas corpus do pecuarista de Mato Grosso do Sul José Carlos Bumlai, foi negado nesta quarta-feira (18) pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). Bumlai foi preso na 21ª fase da Lava Jato em 25 de novembro do ano passado.
Segundo o Jornal Estadão, o pedido da defesa do pecuarista e amigo do expresidente Lula já havia sido negado liminarmente no dia 27 de novembro pelo tribunal. Em dezembro, Bumlai e outros 10 investigados foram denunciados por corrupção, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta por suspeita de irregularidade na contratação da Schahin para a operação do naviosonda Vitoria 10.000 da Petrobrás envolvendo um empréstimo de R$ 12 milhões para o amigo de Lula – parte desta quantia teria sido destinada ao PT.
A cobrança da procuradoria da República cobra uma reparação de R$ 53, 5 milhões dos investigados na operação Lava Jato. A defesa de Bumlai defendeu que a confissão realizada por Bumlai afastaria o risco à ordem pública ou ao processo e que a privação de liberdade não se justifica.
O pecuarista ja havia adimitido à Polícia Federal que o empréstimo de R$ 12 milhões tomado junto ao Banco Schahin foi destinado para o PT.
De acordo com o Estadão, o desembargador, contudo, entendeu que a confissão do empresário foi parcial e existem outros fatos na ação penal sobre os quais não foram dadas explicações. “A confissão parcial não afasta a necessidade de manutenção da prisão cautelar, pois em relação aos demais fatos ainda subsistem os riscos à sociedade e ao processo”, entendeu Brunoni que elencou os seguintes fatos que ainda não foram esclarecidos: em que circunstâncias a empresa São Fernando Açúcar e Álcool, controlada pelo empresário e familiares, conseguiu, em fevereiro de 2005, empréstimo de R$ 64.664.000,00 do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e, em dezembro de 2008, R$ 388.079.767,00, um valor espantoso pelo magistrado.